Economia • 14:05h • 01 de outubro de 2025
Descontrole financeiro afeta 47% dos adolescentes e aumenta riscos de ansiedade
Pesquisas apontam que desorganização financeira precoce está ligada a ansiedade, baixa autoestima e endividamento entre jovens
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
O dinheiro pode ser fonte de felicidade, mas também de estresse. Entre adolescentes, a relação com as finanças vai além dos cálculos matemáticos e envolve fatores emocionais, identidade e pressão social. A busca por pertencimento, a baixa tolerância à frustração e a dificuldade de planejar a longo prazo tornam os jovens mais vulneráveis ao consumo imediato, às comparações e, consequentemente, a quadros de ansiedade e endividamento precoce.
Pesquisas recentes reforçam essa preocupação. Um levantamento da CNDL e SPC Brasil mostra que 47% da Geração Z, nascidos entre 1995 e 2010, não controlam suas finanças. Entre as justificativas, 19% afirmam não saber como fazer, 18% citam preguiça, outros 18% apontam falta de hábito e disciplina e 16% relatam não possuir rendimentos. Ainda segundo a pesquisa, 26% recorrem ao bloquinho de papel para anotar gastos mensais.
A pressão financeira também aparece como um dos principais fatores de preocupação entre os brasileiros. Dados da fintech Onze em parceria com a Icatu revelam que 49% da população têm o dinheiro como maior fonte de estresse, acima de saúde (19%), família (15%) e trabalho (7%).
Nesse contexto, especialistas defendem a educação financeira como ferramenta essencial desde a infância. Estratégias simples, como registrar gastos, estabelecer metas e reservar parte da renda para imprevistos, podem reduzir a ansiedade e aumentar a segurança nas decisões. Iniciativas inovadoras também têm contribuído para aproximar jovens desse tema. A startup Investeendo, por exemplo, criou uma metodologia que une gamificação e finanças pessoais. Por meio de jogos de tabuleiro, aplicativos e totens digitais, já impactou mais de seis mil estudantes em três estados, estimulando hábitos de organização e planejamento.
O aprendizado financeiro pode começar cedo, com pequenas orientações adaptadas a cada faixa etária. Dos primeiros contatos com escolhas no supermercado à administração do primeiro salário, especialistas defendem que a prática constante fortalece a autonomia e previne problemas futuros. Ao atingir a adolescência, incluir os jovens no planejamento doméstico, ensinar a ler extratos e faturas, além de explicar conceitos de crédito e juros, são passos fundamentais para a construção de uma vida financeira equilibrada.
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