Educação • 14:38h • 27 de dezembro de 2025
Do autoconhecimento ao dinheiro, as habilidades que a escola precisa ensinar
Especialista defende que escolhas conscientes, habilidades práticas e autoconhecimento devem caminhar junto com o ensino formal
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Markable Comunicação | Foto: Divulgação
A pressão do vestibular ainda ocupa espaço central na rotina de muitas famílias brasileiras, mas cresce o entendimento de que a formação de crianças e jovens precisa ir além das provas. Em um mundo marcado por rápidas transformações no trabalho, na tecnologia e nas relações sociais, preparar para a vida passou a ser tão relevante quanto preparar para a universidade.
Para Marco Antonio Casagrande, psicólogo comportamental, sócio-fundador e CMO da Escola Mira, a educação precisa ampliar o foco. Segundo ele, sucesso não se constrói apenas com notas altas, mas com escolhas bem feitas, experiências práticas e desenvolvimento de competências que acompanham o indivíduo ao longo da vida.
“É preciso formar jovens capazes de decidir, lidar com dinheiro, empreender, se comunicar bem e resolver problemas do cotidiano. Isso não substitui o ensino tradicional, mas o complementa”, afirma.
A partir dessa visão, o especialista aponta cinco caminhos que ajudam famílias, educadores e estudantes a repensar o processo de formação.
1. Desenvolver habilidades socioemocionais
Autoconhecimento, empatia, disciplina e resiliência são fundamentais para enfrentar desafios acadêmicos, profissionais e pessoais. Entender emoções e aprender a lidar com frustrações favorece escolhas mais maduras e relações mais saudáveis.
2. Estimular pensamento crítico e curiosidade
Mais do que memorizar conteúdos, aprender a questionar, investigar e conectar ideias torna o aprendizado mais significativo. Esse processo fortalece a autonomia intelectual e a capacidade de tomar decisões conscientes.
3. Introduzir educação financeira desde cedo
Aprender a lidar com dinheiro impacta diretamente decisões futuras, como consumo, carreira e planejamento de vida. Noções de orçamento, investimento e responsabilidade financeira ampliam a segurança e a autonomia dos jovens.
4. Trabalhar o empreendedorismo como habilidade de vida
Empreender não significa apenas abrir empresas, mas identificar problemas, criar soluções e assumir riscos calculados. Essas competências estimulam protagonismo, criatividade e trabalho em equipe, qualidades úteis em qualquer profissão.
5. Valorizar a construção de relacionamentos
Saber se comunicar, respeitar diferenças e colaborar são habilidades essenciais. Vínculos bem construídos geram trocas de conhecimento, apoio emocional e oportunidades de crescimento ao longo da vida.
Na avaliação de Casagrande, quando a educação adota um olhar mais amplo, os estudantes ganham mais do que preparo acadêmico. “Eles constroem uma base sólida para enfrentar os desafios da vida com confiança e responsabilidade. Educar além do vestibular é transformar conhecimento em ação e potencial em resultados duradouros”, conclui.
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