Variedades • 16:08h • 29 de setembro de 2025
A força das charges na comunicação e no jornalismo contemporâneo
Do jornal impresso às redes sociais, as charges permanecem como linguagem visual que combina humor, arte e jornalismo para provocar debate e reflexão
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Foto: Arquivo/Âncora1

As charges são ilustrações que utilizam humor, sátira e exagero para comentar fatos sociais, políticos e culturais. Mais do que entretenimento, elas cumprem um papel fundamental na comunicação, funcionando como um espelho crítico da sociedade.
Origem e evolução
A tradição das charges remonta à Europa do século XVIII, quando caricaturistas passaram a retratar personagens e situações da vida pública com traços exagerados e irônicos. No Brasil, ganharam espaço principalmente nos jornais impressos do século XIX, consolidando-se como recurso popular de crítica social e política.
Com o passar do tempo, as charges acompanharam os meios de comunicação: saíram das páginas dos jornais, migraram para revistas, livros, programas televisivos e, mais recentemente, para o universo digital. Hoje, circulam amplamente em redes sociais e portais de notícias, alcançando públicos diversos em velocidade instantânea.
A importância das charges
As charges têm uma relevância única porque unem arte e jornalismo em um só produto comunicacional. Entre suas principais funções estão:
- Simplificar temas complexos: traduzir fatos políticos, econômicos e sociais em imagens acessíveis;
- Provocar reflexão: questionar comportamentos e decisões de figuras públicas;
- Exercitar a crítica social: representar de forma simbólica dilemas cotidianos, injustiças e absurdos da realidade;
- Manter viva a liberdade de expressão: historicamente, as charges se tornaram instrumentos de resistência e denúncia em períodos de censura.
Humor como ferramenta de análise
O humor é o traço mais marcante das charges, mas não significa ausência de seriedade. Pelo contrário, o riso muitas vezes abre caminho para reflexões profundas. Ao exagerar características ou situações, os chargistas instigam o público a enxergar o não dito ou aquilo que passaria despercebido em uma reportagem tradicional.
As charges no Brasil
O país tem uma longa tradição de chargistas, com nomes como Henfil, Ziraldo, Chico Caruso e Angeli, que marcaram gerações com olhares críticos sobre a sociedade e a política. Suas produções ajudaram a moldar a forma como o público percebeu acontecimentos históricos e culturais.
Atualidade e futuro
No ambiente digital, as charges ganharam novas linguagens, como as animações, os memes e as tirinhas interativas. Apesar da adaptação, a essência permanece: provocar, informar e fazer pensar.
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