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Saúde • 08:28h • 10 de outubro de 2025

Anvisa aprova novo medicamento para tratar doença rara que afeta vasos sanguíneos e pulmões

Benralizumabe, da AstraZeneca, é indicado para pacientes com granulomatose eosinofílica com poliangeíte (GEPA), uma vasculite rara que pode atingir múltiplos órgãos

Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Edelman | Foto: Divulgação

GEPA: entenda a doença rara e o novo tratamento aprovado no Brasil
GEPA: entenda a doença rara e o novo tratamento aprovado no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no Brasil o uso do benralizumabe, medicamento desenvolvido pela AstraZeneca, para o tratamento de pacientes adultos com granulomatose eosinofílica com poliangeíte (GEPA) — uma doença rara e grave do sistema imunológico que provoca inflamação nos vasos sanguíneos.

A condição, classificada como um tipo de vasculite, pode comprometer órgãos vitais como pulmões, coração, pele, sistema digestivo e nervos periféricos, causando sintomas variados que vão desde falta de ar e dores nas articulações até cansaço extremo e manchas na pele. Sem o tratamento adequado, a doença pode ser fatal.

Uma nova esperança no tratamento da GEPA

A aprovação da Anvisa se baseia nos resultados positivos do estudo clínico de Fase III MANDARA, publicado no The New England Journal of Medicine. O estudo comparou o benralizumabe com outro medicamento biológico já utilizado no tratamento da GEPA, o mepolizumabe.

Os resultados mostraram que quase 60% dos pacientes tratados com benralizumabe atingiram remissão, ou seja, ficaram sem sintomas ativos da doença. Além disso, 41% conseguiram suspender totalmente o uso de corticosteroides orais, medicamentos geralmente necessários para controlar a inflamação, mas que, quando usados por longos períodos, causam efeitos colaterais importantes.

“O benralizumabe representa uma conquista importante para os pacientes com GEPA, que sofrem com manifestações respiratórias crônicas e dependem de glicocorticoides por longos períodos. Essa nova opção terapêutica pode ajudar na remissão da doença e reduzir o uso desses medicamentos, diminuindo o impacto dos efeitos adversos associados ao tratamento prolongado”, explica o Dr. Alexandre Wagner, reumatologista da UNIFESP-EPM.

O que é a GEPA e por que é tão séria

A granulomatose eosinofílica com poliangeíte (GEPA) é uma doença rara, autoimune e inflamatória. Isso significa que o próprio sistema imunológico do corpo ataca os vasos sanguíneos, provocando inflamação e danos aos tecidos.

Estima-se que 118 mil pessoas no mundo vivam com a doença, sendo cerca de 15 mil apenas nos Estados Unidos. A GEPA pode se manifestar de forma diferente em cada paciente, mas costuma estar associada à asma eosinofílica grave, rinite crônica e inflamações nas vias respiratórias.

Os principais sintomas incluem:

  • Falta de ar e chiado no peito;
  • Dores musculares e articulares;
  • Manchas ou feridas na pele;
  • Dormência e dor nos nervos;
  • Cansaço persistente e perda de peso.

Como a doença pode afetar múltiplos órgãos, o tratamento precoce é essencial para evitar complicações graves. Mesmo com os recursos disponíveis atualmente, quase metade dos pacientes (47%) não consegue alcançar a remissão completa.

Avanço científico e novas perspectivas

O benralizumabe é apenas o segundo medicamento biológico aprovado no mundo para o tratamento da GEPA. Ele age bloqueando a ação dos eosinófilos, um tipo de célula do sangue envolvida no processo inflamatório que causa danos aos vasos e tecidos.

O medicamento já é utilizado em mais de 80 países como tratamento de manutenção para asma eosinofílica grave, incluindo Brasil, Japão, China e nações da União Europeia. Agora, com a nova aprovação da Anvisa, pacientes com GEPA no Brasil passam a ter acesso a uma alternativa eficaz e segura para controlar a doença e melhorar a qualidade de vida.

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