• Festa do Milho lota Cândido Mota com tradição, gastronomia e turismo neste final de semana
  • Cientistas descobrem cinco planetas bebês e revolucionam a astronomia mundial
  • Assis e região têm vagas abertas com prazos de inscrição até dia 25 e 31 de maio; confira todas as oportunidades
Novidades e destaques Novidades e destaques

Variedades • 14:10h • 20 de setembro de 2024

Arboviroses circulam há mais de 400 anos

As arboviroses são um grupo de doenças virais que são transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos

Da Redação/Butantan | Foto: Renato Rodrigues

Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan.
Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan.

Os primeiros registros de arboviroses no mundo datam do final do século XVI. Segundo a bióloga e especialista em mosquitos Rafaella Sayuri Ioshino,, acredita-se que inicialmente os arbovírus circulavam no meio silvestre e infectavam mosquitos, aves e pequenos mamíferos. Porém, com o aumento da população e desmatamento, os mosquitos começaram a ter mais contato com humanos, dando início à circulação dos arbovírus no meio urbano.

O vírus da febre amarela foi o primeiro arbovírus descrito no mundo. De origem africana, ele alcançou o Ocidente por meio do tráfico de escravizados a partir do final do século XVI. Possivelmente, a dengue chegou às Américas no mesmo período, mas os primeiros registros formais datam de 1943 no Japão. Outros arbovírus como Zika e chikungunya são mais recentes, descobertos na África em 1947 e 1952, respectivamente.

No Brasil, a primeira epidemia de arbovírus foi causada pela febre amarela no século XVII (1685), na região de Pernambuco, levando à primeira campanha sanitária em 1690. Já os primeiros casos de dengue foram comprovados na década de 1970, enquanto os vírus da chikungunya e Zika só chegaram ao país muito depois, em 2014 e 2015, respectivamente.

Foram séculos até se demonstrar, de fato, que o vetor da dengue – e posteriormente de Zika e chikungunya – era o Ae. aegypti, conhecimento publicado em 1906. “Antigamente, as ferramentas eram bem diferentes e limitadas. Hoje, com o avanço da ciência, conseguimos coletar um mosquito no campo, identificá-lo e determinar com qual vírus ele está infectado”, afirma a especialista.

O Ae. aegypti também foi descrito como vetor da febre amarela urbana, mas esse meio de transmissão não é registrado no Brasil desde 1942. O último surto da doença, ocorrido em 2017, foi considerado de origem silvestre, sendo o vírus transmitido por mosquitos dos gêneros Sabethes e Haemagogus.

“Sem dúvidas, o que controlou a disseminação da febre amarela e reduziu os surtos no Brasil foi a vacinação. A inclusão da vacina no calendário nacional de imunização ajudou a erradicar a circulação do vírus no meio urbano”, destaca a cientista.

Um recente estudo da Universidade Federal do Pará, no entanto, indicou que o Ae. albopictus também é um vetor competente para febre amarela, isto é, o vírus é capaz de infectá-lo em condições laboratoriais. Embora não haja comprovação de infecção natural, a pesquisa acende um alerta para a potencial reemergência da febre amarela urbana, já que o mosquito tem se adaptado às regiões periurbanas.

“Infelizmente, não temos uma ferramenta única capaz de controlar as arboviroses. Em relação à imunização, é necessário ter uma vacina para cada arbovírus. Porém, quando eliminamos o criadouro [água parada], reduzimos a população de várias espécies de mosquitos e, consequentemente, diminuímos a circulação dos arbovírus entre humanos. Então, por que não combinar a vacinação com a retirada dos criadouros? Embora algumas espécies de mosquitos ainda não representem risco para a transmissão de doenças, não precisamos esperar acontecer para começar a tomar providências e se prevenir”, conclui Rafaella.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 22:57h • 24 de maio de 2025

Festa do Milho lota Cândido Mota com tradição, gastronomia e turismo neste final de semana

Evento segue até domingo (25) e reúne pratos típicos, música, responsabilidade social e forte participação da comunidade e de visitantes da região

Descrição da imagem

Variedades • 18:50h • 24 de maio de 2025

Barbie troca salto por conforto e levanta debate sobre saúde, autonomia e padrões sociais

Estudo internacional analisa como a evolução dos calçados da boneca mais famosa do mundo reflete mudanças sociais, profissionais e de diversidade desde 1959

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 17:18h • 24 de maio de 2025

Cientistas descobrem cinco planetas bebês e revolucionam a astronomia mundial

Equipe da Universidade Monash lidera projeto internacional que revela os planetas mais jovens já encontrados, com apenas alguns milhões de anos

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 16:40h • 24 de maio de 2025

Estudo revela como videogames promovem euforia de gênero e alegria para pessoas trans

Pesquisa mostra que design inclusivo nos jogos pode gerar bem-estar, autoestima e afirmação de identidade para jogadores trans

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 16:10h • 24 de maio de 2025

Oito vilas representarão o Brasil no prêmio “Melhores Vilas Turísticas” da ONU Turismo

Os vencedores serão anunciados durante a Assembleia Geral da ONU Turismo, em novembro

Descrição da imagem

Cidades • 15:53h • 24 de maio de 2025

Quatá promove torneio de Tênis de Mesa neste domingo

Disputa masculina e feminina acontece no Ginásio de Esportes Guido Pecchio a partir das 9h30

Descrição da imagem

Cidades • 15:21h • 24 de maio de 2025

Feira “MatchPet” anima Domingo da Família em Marília

Espaço aos domingos segue aberto para novas iniciativas

Descrição da imagem

Mundo • 14:45h • 24 de maio de 2025

China isenta brasileiros de visto por 30 dias e facilita viagens de negócios a partir de junho

Medida provisória beneficia executivos, turistas e estudantes e fortalece relações entre Brasil e China; empresas brasileiras devem intensificar viagens ainda em 2025

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?