Mundo • 18:57h • 03 de julho de 2025
Atleta profissional Hugo Calderano é barrado nos EUA após viagem à Cuba; entenda o caso e o uso do ESTA
Número 3 do mundo no tênis de mesa foi impedido de usar sistema ESTA por viagem prévia a Cuba; advogado explica alternativas e recomenda planejamento
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da M2 Comunicação Jurídica | Foto: Divulgação

O caso do mesatenista brasileiro Hugo Calderano, barrado no processo simplificado de entrada nos Estados Unidos, chama atenção para as regras rígidas de imigração americana e para a importância de planejamento prévio, especialmente entre atletas e viajantes frequentes.
Atual número 3 do ranking mundial de tênis de mesa, Calderano foi impedido de utilizar o sistema ESTA (Electronic System for Travel Authorization) em razão de uma viagem anterior a Cuba. O ESTA permite a entrada de cidadãos de determinados países sem a necessidade de visto consular, mas exclui quem visitou Cuba a partir de 2021. Nesses casos, passa a ser obrigatório o visto tradicional B1-B2.
Para o advogado Marcelo Godke, especialista em Direito Internacional e imigração para os EUA, houve falha de estratégia que poderia ter sido evitada. “Apesar da possibilidade de usar o ESTA, a visita prévia a Cuba obriga Hugo Calderano a solicitar o visto B1-B2 para entrar nos Estados Unidos. No entanto, ele também poderia solicitar um visto de atleta, o que facilitaria muito sua entrada para competições e eventos esportivos”, explica Godke.
O especialista destaca que o visto de atleta é uma alternativa mais alinhada à realidade de profissionais de alto rendimento que participam regularmente de torneios internacionais. “O visto adequado não apenas garante a entrada sem surpresas, mas também assegura os direitos do atleta de treinar, competir e representar o país no exterior sem riscos de entraves migratórios”, completa.
A situação serve de alerta para viajantes que tenham visitado Cuba e pretendam viajar para os Estados Unidos. Muitos não sabem que a simples passagem por Cuba, mesmo para turismo ou competições, exclui automaticamente a elegibilidade ao ESTA e obriga a solicitação de visto formal.
“Planejamento é essencial. Um advogado especializado pode orientar sobre o melhor visto para cada situação e evitar atrasos ou constrangimentos na imigração. Para atletas, isso é ainda mais importante, pois o visto errado pode comprometer compromissos profissionais e agendas de competições”, conclui Godke.
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