Mundo • 10:36h • 16 de novembro de 2024
Atos pelo fim da jornada de trabalho 6x1 ganham força em cidades brasileiras
Centenas de pessoas se reuniram em diversas cidades do país para apoiar a proposta de emenda à Constituição que visa a redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais e quatro dias de trabalho
Da Redação | Com informações da Agência Brasil | Foto: Tânia Rêgo

Na sexta-feira, 15 de novembro de 2024, manifestantes tomaram as ruas em várias cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Manaus, Fortaleza e Recife, em um ato nacional pelo fim da escala de trabalho 6x1, que determina seis dias de trabalho e um de folga. A ação foi organizada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que tem pressionado o Congresso Nacional para a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria da deputada Érika Hilton (PSol-SP), que propõe a redução da jornada de trabalho para, no máximo, 36 horas semanais e quatro dias de trabalho por semana.
Em São Paulo, os manifestantes se concentraram na Avenida Paulista, onde líderes do movimento destacaram os impactos negativos da jornada 6x1, como a exaustão física e mental dos trabalhadores, além da dificuldade em conciliar o trabalho com a vida pessoal, o lazer e os estudos. Funcionários de shoppings e telemarketing foram apontados como alguns dos grupos mais prejudicados por essa escala, sendo alvo de críticas devido aos intervalos curtos para descanso e refeições.
A PEC, que já reúne quase 3 milhões de assinaturas online, visa a melhoria das condições de trabalho e a promoção de uma vida mais equilibrada para os trabalhadores, permitindo mais tempo para o descanso e convivência familiar. Na capital federal, a manifestação reuniu trabalhadores de diversas categorias em apoio à proposta, destacando a importância de pressionar os parlamentares pela aprovação da PEC.
Foto: Letycia Bond
Além disso, a pressão social tem mostrado resultados, com o número de deputados que assinaram a proposta subindo de 60 para 134 em apenas uma semana. Para que a PEC comece a tramitar na Câmara dos Deputados, são necessárias 171 assinaturas, e para ser aprovada, a proposta precisará do voto favorável de 308 parlamentares em dois turnos de votação.
Embora a proposta tenha sido apoiada por várias centrais sindicais e movimentos sociais, entidades patronais e de empresários se mostraram contrárias à mudança, argumentando sobre os impactos econômicos da redução de jornada.
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