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Variedades • 11:15h • 13 de fevereiro de 2025

Aulas de anatomia: doação de cadáveres é essencial para ensino nas áreas de saúde

As aulas práticas de anatomia influenciam no reconhecimento de estruturas do corpo e contribuem para uma visão mais madura e respeitosa do aluno com os pacientes, pois trata-se do primeiro contato do estudante com um ser humano

Da Redação com informações da Agência estadual de notícias do Paraná | Foto: SETI-PR

A doação de cadáveres contribui para o ensino da saúde no Paraná
A doação de cadáveres contribui para o ensino da saúde no Paraná

O estudo da anatomia humana faz parte de uma das principais disciplinas que integram a grade curricular dos cursos de graduação da área da saúde. Com o avanço da tecnologia digital surgiram novas maneiras de ensinar de forma mais interativa, com estruturas anatômicas em resina ou filamentos plásticos impressos em 3D, ou por meio da realidade aumentada, que permite a projeção de modelos tridimensionais de órgãos ou sistemas do corpo humano. Porém, isso não substitui aulas práticas de anatomia.

Segundo Renato Bach, professor do curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e presidente do Conselho Estadual de Distribuição de Cadáveres (CEDC-PR), as aulas práticas de anatomia influenciam no reconhecimento de estruturas do corpo e contribuem para uma visão mais madura e respeitosa do aluno com os pacientes, pois trata-se do primeiro contato do estudante com um ser humano.

“O cadáver é o primeiro paciente real com quem o estudante da área de saúde tem contato. É nele que vai aprender a reconhecer, na prática, as estruturas anatômicas que são a base do conhecimento médico”, afirmou o professor.

“Nenhum molde ou tecnologia holográfica pode substituir este aprendizado, por isso é tão importante que a sociedade saiba que é possível doar seu corpo para as universidades, com este objetivo. É um processo simples que pode ser realizado diretamente com os centros de ensino, ou por meio do Conselho Estadual de Distribuição de Cadáveres, com sede em Curitiba”.

No Brasil, a doação de corpos para a ciência é legalizada desde 1992 e, no Paraná, o CEDC-PR é responsável por estabelecer as normas para que os corpos doados voluntariamente, ou cedidos pelo órgão especializado em perícia, na condição de cadáver não reclamado, ou seja, que não foram procurados ou identificados por parentes ou responsáveis legais, sejam destinados às instituições de Ensino Superior, com a finalidade de estudos e pesquisas nos cursos que ofertam a disciplina de anatomia humana.

O Conselho é vinculado à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e possui atualmente 46 instituições cadastradas e com cursos ofertados em 55 câmpus. Ao todo, 14 corpos foram doados para universidades e faculdades no último ano, somando 74 desde a criação do conselho.

Para a professora do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Célia Regina de Godoy Gomes, o aprendizado de técnicas anatômicas com cadáveres é essencial para alunos das áreas de saúde. “A utilização de cadáveres no ensino da anatomia humana é comum e importante para o desenvolvimento de habilidades dos estudantes, permitindo a visualização das estruturas do corpo humano e uma melhor compreensão de como funciona, além de proporcionar uma experiência mais detalhada, por exemplo, na simulação de procedimentos cirúrgicos”, afirma.

Doações

Existem duas formas para a doação. Em vida pode ser feita por qualquer pessoa, com 18 anos ou mais, que manifeste a vontade de doar o corpo para a ciência. O doador deve preencher e assinar um termo na presença de duas testemunhas, explicitando a intenção de fazer a doação para fins de estudo, para o CEDC-PR ou para uma instituição de ensino específica.

O técnico em enfermagem Aparecido Rúbio de Araújo é um doador em vida. Ele já comunicou para a sua família e organizou a documentação necessária. Segundo ele, a vontade de doar o corpo para a ciência surgiu durante uma aula, ainda em 1975, quando residia em Arapongas, no Norte do Estado.

Hoje morador de Paiçandu, município do Noroeste paranaense, Aparecido esclarece que a doação em vida é uma forma de colaborar com a sociedade e incentiva a prática. “É uma oportunidade de ser útil mesmo após a morte”, explica. “Se hoje existe o conhecimento para cirurgias é porque isso foi estudado no passado, em cadáveres. Não me arrependo da minha decisão”.

A outra possibilidade de doação é após a morte. Nesse caso, os familiares podem fazê-la. Para isso, é necessário entrar em contato direto com uma instituição de ensino superior. Nos casos em que a morte foi por algum motivo violento ou decorrente de suicídio, não é possível realizar a doação. Não há custo, além do velório, para os doadores ou para os familiares. Corpos de pessoas que tenham doado órgãos ainda podem ser doados para estudos, com a condição da análise de cada caso.


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