Economia • 12:03h • 06 de novembro de 2025
Bares e restaurantes puxam geração de empregos e registram maior salário médio da história
Setor criou mais de 13 mil novos postos em setembro e ajuda a reduzir taxa de desemprego para 5,6%, o menor nível da série histórica, segundo o IBGE
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Abrasel | Foto: Divulgação
O mercado de trabalho brasileiro encerrou setembro com números positivos. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), do IBGE, apontam que a taxa de desemprego no país caiu para 5,6% no trimestre encerrado em setembro, o menor patamar já registrado. O desempenho reflete o fortalecimento da economia e o crescimento de setores intensivos em mão de obra, como o de alimentação fora do lar, que reúne bares, restaurantes e similares.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho, o segmento gerou 13.153 novos empregos formais no último mês. As mulheres representaram dois terços das contratações, reforçando a presença feminina em um setor historicamente dominado por homens.
Contratações devem aumentar até o fim do ano
O ritmo de contratações deve se intensificar nos próximos meses. Um levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostra que 32% dos estabelecimentos pretendem ampliar suas equipes para o período de festas de fim de ano, quando o consumo cresce com confraternizações e o pagamento do 13º salário.
“Os dados reforçam que o setor segue contribuindo de forma consistente para a queda do desemprego no país. O aumento dos salários mostra que há valorização do trabalho, mas também uma disputa maior por mão de obra qualificada, resultado de um movimento maior nos estabelecimentos”, afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
Setor registra recorde no salário médio
Além das contratações, o setor registrou o maior salário médio da sua história, segundo a PNAD. No trimestre encerrado em setembro, o rendimento médio chegou a R$ 2.335, alta de 5,5% em relação ao trimestre anterior, bem acima da média nacional, que foi de apenas 0,4%.
O avanço reflete o esforço das empresas em atrair e reter profissionais, diante da recuperação do setor e da retomada do consumo fora de casa. Com o aumento no movimento, as vagas temporárias também devem crescer durante o final do ano, especialmente nas regiões turísticas e capitais.
Perspectiva de continuidade no crescimento
Para os empresários, o momento é de otimismo. Com o aquecimento da economia, a expectativa é que o setor continue sendo um dos principais responsáveis pela geração de empregos formais e pelo crescimento da renda no país.
“Esse cenário tende a melhorar ainda mais com a chegada do fim do ano, quando bares e restaurantes tradicionalmente reforçam suas equipes para atender à alta na demanda”, destaca Solmucci.
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