Ciência e Tecnologia • 19:47h • 23 de julho de 2025
Basta um clique errado para afundar sua reputação; e o perigo vem de dentro
Especialista alerta que a segurança da informação exige cultura interna, tecnologia e ações contínuas para evitar prejuízos legais e reputacionais
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação

Em um cenário cada vez mais digital, proteger dados sensíveis não é apenas uma questão técnica, mas estratégica. Empresas de todos os portes e setores precisam tratar a segurança da informação como prioridade. A exposição de dados — como informações financeiras, pessoais ou proprietárias — pode gerar litígios, multas e danos à reputação, comprometendo a continuidade dos negócios.
Segundo Vinicius Menezes, engenheiro de sistemas da Unentel, a solução começa com uma mudança de cultura dentro das organizações. “Os colaboradores são a primeira linha de defesa”, afirma. Treinamentos em segurança digital ajudam a identificar riscos e prevenir ataques. No entanto, é preciso adotar medidas mais amplas para proteger os sistemas.
Entre as práticas recomendadas está a implementação de uma política rigorosa de senhas. Mesmo sendo algo básico, senhas fracas como “123456” ou “Brasil” ainda são muito comuns. A autenticação em dois fatores, com códigos enviados por SMS, e-mail ou biometria, é um recurso que aumenta a segurança.
Outro ponto crucial é a adoção de firewalls e antivírus corporativos. O firewall atua como a primeira barreira contra ameaças externas, controlando o tráfego de rede com base em regras pré-definidas. Já o antivírus protege contra malwares e vírus capazes de roubar dados ou comprometer dispositivos.
Com a popularização do trabalho remoto, a segurança de endpoint passou a ser indispensável. Cada dispositivo conectado à rede corporativa — como notebooks, celulares e tablets — precisa estar protegido contra acessos não autorizados. Soluções específicas ajudam a reduzir os riscos de brechas por meio desses terminais.
A criptografia de dados também é fundamental, pois impede que informações interceptadas sejam lidas por terceiros. O controle de acesso, associado à autenticação multifatorial, garante que apenas colaboradores autorizados tenham acesso a dados críticos, tanto em trânsito quanto em repouso.
Além disso, ferramentas de monitoramento contínuo e auditorias periódicas são importantes para detectar comportamentos suspeitos ou falhas na política de segurança. Já a abordagem conhecida como “Zero Trust Architecture” (ou arquitetura de confiança zero) parte do princípio de que nenhum usuário ou dispositivo deve ser confiado por padrão — o acesso só é concedido após verificação constante.
Menezes finaliza destacando que segurança da informação não é um projeto com data para acabar. “É um processo contínuo, que precisa ser revisado e reforçado constantemente. Estar atento às ameaças é o caminho para manter a empresa sempre à frente dos riscos cibernéticos.”
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