Ciência e Tecnologia • 13:13h • 24 de dezembro de 2025
Bodycams acumulam milhões de registros e ampliam transparência na segurança pública
Tecnologia usada pelas forças de segurança desde 2022 reúne milhões de arquivos, amplia transparência e incorpora recursos de inteligência artificial
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da No Ar Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
O uso de câmeras corporais pelas forças de segurança do estado do Rio de Janeiro já resultou no armazenamento de mais de 168 milhões de arquivos de imagem, totalizando cerca de 10 petabytes de dados desde janeiro de 2022. Os números são da L8 Group, responsável pela tecnologia adotada no projeto, que registra índice praticamente nulo de perdas desde o início da operação.
De acordo com a empresa, em 2025, até o momento, não houve qualquer perda de imagens. Desde o início do projeto, há três anos, o percentual de arquivos não registrados ou perdidos foi de apenas 0,00013%. As imagens podem ser armazenadas por até um ano em um sistema desenvolvido para atender às demandas operacionais das forças de segurança.
Segundo Leandro Kuhn, CEO da L8, a solução foi estruturada para oferecer estabilidade e eficiência em larga escala. “Além disso, a L8 tem um sistema que permite o armazenamento das imagens por até um ano. É um sistema bem eficiente, altamente tecnológico, que atende perfeitamente às necessidades das forças de segurança”, afirma. Atualmente, além do Rio de Janeiro, a empresa também atende Minas Gerais, Rondônia, a Polícia Federal e alguns municípios brasileiros.
Contrato no Rio e ampliação de funcionalidades
O contrato entre o governo do estado do Rio de Janeiro e a L8 teve início no Réveillon de 2022, quando as primeiras câmeras corporais começaram a ser utilizadas pelas forças policiais. Em 2024, o acordo foi renovado e aditivado pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, alcançando um total de 15.500 bodycams em operação na corporação.
Durante o aditivo contratual, novas funcionalidades foram incorporadas sem custo adicional ao estado, entre elas o reconhecimento facial. Também passou a ser contratado um período maior de armazenamento dos vídeos de rotinas operacionais. Outras ferramentas incluem acionamento automático do modo ocorrência por meio de integração via API com sistemas externos, busca de vídeos por geolocalização e alertas de obstrução de imagem.
Segundo Kuhn, o uso contínuo das câmeras e das ferramentas digitais tem ampliado a eficiência do sistema. “São câmeras que não desligam nunca e ainda há a capacidade de utilização de inteligência artificial para conversão dos diálogos em texto, o que traz mais transparência”, explica.
Expansão para outros estados e municípios
A tecnologia adotada no Rio de Janeiro também vem sendo utilizada em outros estados. Em Rondônia, desde 2024, a L8 mantém contrato para fornecimento de 550 câmeras corporais e 40 estações de carregamento à Polícia Militar. Já em Minas Gerais, em 2023, foram fornecidas 600 câmeras e 40 centrais de carregamento, com a gestão e o armazenamento das imagens sob responsabilidade da própria corporação.
Os equipamentos contam com comunicação via 4G e Wi-Fi, transmissão online das imagens, georreferenciamento em tempo real, áudio bidirecional, botão de emergência e funcionalidade de infravermelho. A empresa também atua em contratos de menor escala, como em municípios de porte médio, a exemplo de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
“Temos contratos grandes, como o do Rio de Janeiro, e contratos menores, como o de municípios. É um sistema que atende todos os portes, com possibilidade de aquisição modular. Quando usado de forma segura e inteligente, pode trazer benefícios tanto para o Estado quanto para a população”, conclui Kuhn.
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