Mundo • 18:32h • 22 de junho de 2025
Brasil condena ataques de Israel e EUA ao Irã e alerta para risco de desastre nuclear
Itamaraty classifica ações militares como grave violação do direito internacional e cobra solução diplomática para conter escalada no Oriente Médio
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Agência Brasil | Frame: Youtube/AlarabyTV News

O governo brasileiro manifestou, neste domingo, 22 de junho, forte preocupação com a escalada militar no Oriente Médio, após os recentes ataques de Israel e dos Estados Unidos a instalações nucleares no Irã. Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores classificou os bombardeios como uma violação da soberania iraniana e do direito internacional, além de alertar para os riscos de uma crise de grandes proporções, com impactos ambientais, humanitários e geopolíticos.
De acordo com o comunicado, qualquer ataque armado a instalações nucleares representa uma transgressão à Carta das Nações Unidas e às normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O governo brasileiro destacou que ações dessa natureza expõem populações civis ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais em larga escala.
Conflito entre EUA, Israel e Irã acende alerta internacional e Brasil pede fim da violência | Foto: Marcelo Camargo
O Itamaraty reiterou a posição histórica do Brasil em defesa do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos, reforçando sua oposição a qualquer forma de proliferação nuclear, sobretudo em regiões já marcadas por instabilidade política, como o Oriente Médio.
Além de condenar os ataques diretos, o governo brasileiro também repudiou os bombardeios recíprocos em áreas densamente povoadas, que vêm gerando vítimas civis e atingindo infraestruturas essenciais, como hospitais, em descumprimento ao direito internacional humanitário.
O Brasil fez um apelo por máxima contenção de todas as partes envolvidas e reforçou a urgência de uma solução diplomática. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a continuidade da atual escalada pode causar danos irreversíveis à estabilidade regional e ao regime global de não proliferação e desarmamento nuclear.
Chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA: Usamos 7 mísseis do tipo B-2 Ghost no ataque ao Irã | Reportagem: Ahmad Boutaf | Frame: Youtube/Live/AlarabyTV News
Contexto do conflito
O conflito se agravou após Israel realizar um ataque surpresa contra o Irã no dia 13 de junho, alegando que o país persa estaria prestes a desenvolver uma arma nuclear. No sábado, 21 de junho, os Estados Unidos ampliaram a ofensiva ao bombardear três usinas nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan.
O Irã, por sua vez, afirma que seu programa nuclear tem fins exclusivamente pacíficos e que estava em processo de negociação com os EUA para garantir o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. No entanto, a AIEA tem apontado que o país não vem atendendo todas as exigências de inspeção.
Enquanto os Estados Unidos e seus aliados mantêm a pressão, o governo iraniano acusa a AIEA de agir com motivação política. As informações sobre a real situação do programa nuclear iraniano são divergentes. Embora a Inteligência dos Estados Unidos tenha afirmado em março que o Irã não estava construindo armas nucleares, o tema voltou a ser questionado pelo presidente Donald Trump nas últimas semanas.
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