Mundo • 16:27h • 14 de junho de 2024
Brasil reconhece mais de 77 mil refugiados em 2023
Venezuelanos, haitianos e cubanos lideram os pedidos de refúgio
Da Redação | Com informações da Agência Brasil | Foto: Marcelo Camargo

O governo brasileiro reconheceu 77.193 pessoas como refugiadas em 2023, marcando o maior número na história do sistema de refúgio do país.
Este aumento representa um crescimento de 1.232,1% em comparação ao ano anterior, totalizando 143.033 refugiados reconhecidos pelo Brasil até o momento.
Os dados estão na 9ª edição do Anuário Refúgio em Números, divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
Entre os principais solicitantes estão venezuelanos, com 112.644 pedidos (81,4% do total), seguidos por haitianos (5,6%), cubanos (2,9%), angolanos (1,7%) e bengalis (1,2%).
O aumento no volume de solicitações foi significativo, especialmente entre mulheres, crianças e adolescentes. O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) examinou 138.359 pedidos em 2023, um aumento de 235% em relação a 2022. Este crescimento deve-se a melhorias nos processos de triagem e análise, permitindo decisões mais rápidas e eficientes.
A parceria entre o governo brasileiro e a Acnur tem sido crucial para esses avanços. A diretora do Departamento de Organismos Internacionais do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Gilda Motta, destacou o compromisso do Brasil com os direitos humanos e a dignidade dos refugiados, apesar dos desafios sócio-econômicos.
O relatório também apontou que o número de pessoas deslocadas à força globalmente atingiu 120 milhões em 2023, com a Síria sendo a maior crise de deslocamento, seguida pelo Sudão, Mianmar e a República Democrática do Congo.
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