Mundo • 13:33h • 02 de maio de 2025
Brasil tem 5,3 milhões de jovens "nem-nem", aponta estudo sobre empregabilidade jovem
Pesquisa inédita revela avanços na empregabilidade juvenil, mas também destaca desafios como a automação e a informalidade no mercado de trabalho
Da Redação | Com informações do CIEE | Foto: Divulgação

O Brasil ainda enfrenta desafios significativos no que diz respeito à inclusão dos jovens no mercado de trabalho. Um estudo recente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apresentado durante a primeira edição ESG do evento Empregabilidade Jovem Brasil, realizado pelo CIEE, revelou que 5,3 milhões de jovens entre 18 e 24 anos estão fora do mercado de trabalho e da educação, conhecidos como "nem-nem". Este número, embora elevado, representa o menor índice da série histórica.
A pesquisa, que analisou a situação dos jovens no Brasil, trouxe dados positivos, como a queda expressiva do desemprego juvenil nos últimos cinco anos. O número de jovens desempregados entre 14 e 24 anos diminuiu pela metade, passando de 4,8 milhões no 4º trimestre de 2019 para 2,4 milhões em 2024. A taxa de desemprego juvenil também recuou de 25,2% para 14,3%, com quedas expressivas nas regiões Sudeste e Sul do Brasil.
Outro dado positivo é o aumento no número de estagiários, que subiu de 642 mil em 2023 para 990 mil em 2025. Um dado importante é que 64% desses estagiários são mulheres, das quais 49% são brancas e 39% negras (pretas e pardas). A pesquisa também mostra que a informalidade no trabalho dos jovens diminuiu, passando de 48% para 44% nos últimos anos.
Entretanto, o estudo também revela a persistência de problemas estruturais, como a baixa remuneração, com 67,1% dos jovens ocupados recebendo salários inferiores à média nacional de R$ 1.854. A pesquisa também apontou que questões de saúde mental e dificuldades de mobilidade estão entre as principais causas de desligamento voluntário, além de baixos salários e problemas éticos nas empresas.
A automação e a inteligência artificial, que são tendências no futuro do trabalho, também representam desafios para a inserção dos jovens no mercado. A pesquisa sugere a necessidade urgente de fortalecer a educação técnica e tecnológica para preparar as novas gerações para essas mudanças.
Com a redução do número de jovens "nem-nem", mas ainda enfrentando desafios em relação ao desemprego, a informalidade e a baixa remuneração, o estudo sublinha a importância de ações estruturais para a inclusão plena da juventude no mercado de trabalho brasileiro. Leia pesquisa na íntegra aqui.
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