Saúde • 16:30h • 03 de dezembro de 2025
Câncer de pele: como identificar sinais precoces e proteger a pele no verão 2026
Com chegada do verão e maior exposição ao sol, especialista destaca riscos, orienta uso correto de protetor solar e explica sintomas que exigem atenção
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Unicesumar | Foto: Divulgação
Com o verão se aproximando entre 21 de dezembro de 2025 e 20 de março de 2026 a campanha Dezembro Laranja ganha ainda mais relevância. Promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a iniciativa reforça os cuidados contra o câncer de pele, o tipo mais frequente no país, responsável por cerca de 30% dos diagnósticos de câncer segundo a entidade. O aumento da temperatura e da radiação ultravioleta (UV) nessa época do ano intensifica os riscos para a população.
Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) mostram que o verão de 2024/2025 foi o sexto mais quente do Brasil desde 1961, registrando temperaturas 0,34ºC acima da média histórica. Isso reforça a necessidade de atenção redobrada aos cuidados com a pele.
A dermatologista Cristiane Rallo, professora de Medicina da UniCesumar de Maringá (PR), explica que o verão aumenta significativamente a exposição à radiação UV e, com isso, os danos à pele. “Neste período, devido às férias e viagens a lugares com praia, piscinas e parques, as pessoas estão mais expostas ao sol e, por isso, precisam reforçar a proteção solar”, afirma. Segundo ela, queimaduras, manchas, piora do melasma, envelhecimento precoce, flacidez e alterações no DNA das células estão entre as principais consequências da exposição excessiva.
Medidas de prevenção
Entre as medidas preventivas, a especialista recomenda uso constante de protetor solar com reaplicação a cada duas horas, evitar exposição entre 10h e 16h, utilizar chapéus, bonés e roupas com proteção UV, buscar sombra sempre que possível e utilizar guarda-sóis. Ela destaca ainda que hidratação e alimentação rica em antioxidantes auxiliam na saúde da pele, mas não substituem a fotoproteção.
Para facilitar o reconhecimento precoce do melanoma, o câncer de pele mais agressivo, Rallo cita o método “ABCDE”, que avalia assimetria, bordas irregulares, variação de cores, diâmetro acima de 6 mm e evolução das pintas. Já no caso do câncer de pele não melanoma, os sinais de alerta incluem feridas que não cicatrizam, lesões que sangram, nódulos brilhantes e manchas ásperas persistentes.
A médica também reforça o uso diário de protetor solar mesmo em dias nublados, lembrando que até 80% da radiação UV atravessa as nuvens. A recomendação é aplicar o produto em rosto, pescoço, orelhas, colo, braços e mãos, inclusive dentro de casa na presença de luz solar indireta. Para o dia a dia, filtros com FPS 30 já oferecem boa proteção, mas peles mais claras ou com histórico de câncer podem optar por FPS 50 ou superior.
Rallo explica que o FPS por si só não garante proteção completa: o produto deve ser de amplo espectro, protegendo contra UVA, UVB e luz visível, especialmente para quem possui tendência a manchas e melasma.
Com o calor mais intenso e a intensificação da radiação durante o verão, especialistas reforçam que prevenção contínua é a principal forma de reduzir riscos e evitar diagnósticos tardios.
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