Gastronomia & Turismo • 17:13h • 20 de novembro de 2025
Cidades onde se perder nos mercados é parte da viagem: dos bazares de Istambul às vielas do Cairo
Destinos emblemáticos do Oriente e do Mediterrâneo revelam cultura, história e tradições em mercados que atravessam séculos
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Edelman | Foto: Divulgação
Mercados históricos de cidades como Istambul, na Turquia, e Cairo, no Egito, preservam tradições, aromas, cores e artesanatos que ajudam a contar a história de civilizações inteiras. Esses espaços se tornaram ícones culturais e pontos de encontro entre povos, oferecendo experiências sensoriais únicas para viajantes que buscam imersão local.
Perder-se nos corredores de um grande bazar vai além das compras. Trata-se de acessar memórias vivas, observar rituais cotidianos, sentir fragrâncias ancestrais e interagir com artesãos que mantêm tradições transmitidas por gerações. No Oriente e no Mediterrâneo, mercados seculares continuam sendo símbolos de identidade e cultura.
Em Istambul, o Grande Bazar, construído no século XV, é um dos mercados cobertos mais antigos do mundo, com mais de 4 mil lojas ao longo de 61 ruas. Suas passagens revelam joias, tapetes, cerâmicas e peças de metal trabalhadas manualmente, enquanto chá fresco é preparado nas pequenas lojas que se escondem entre corredores abobadados. Próximo dali, o Bazar das Especiarias, do século XVII, preenche o ar com aromas de pimenta, açafrão, frutas secas e doces turcos, compondo uma das experiências sensoriais mais marcantes da cidade.
Outros mercados também preservam saberes tradicionais, como o Arasta Bazaar, ao lado da Mesquita Azul, dedicado a peças artesanais, e o Mahmutpasa, uma rua comercial que mantém o ritmo típico do comércio local. Esses espaços mostram como o comércio moldou a identidade cultural de uma cidade que conecta Europa e Ásia.
A viagem segue em direção ao Cairo. A Qasaba de Radwan Bey, um mercado coberto de tecidos do século XVII, destaca a arte da khayamiya, técnica tradicional de bordados geométricos coloridos. A poucos passos, o histórico Khan el-Khalili, marcado por luminárias, joias, especiarias e antiguidades, mantém sua relevância cultural há séculos. Em meio às vielas, o Café El-Fishawy, aberto desde 1797, segue como ponto de encontro entre artistas, escritores e visitantes.
Esses mercados representam muito mais do que locais de compra, são espaços onde história, arte e convivência se cruzam diariamente. Caminhar por eles é testemunhar o que permanece vivo em culturas milenares.
Aviso legal
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, integral ou parcial, do conteúdo textual e das imagens deste site. Para mais informações sobre licenciamento de conteúdo, entre em contato conosco.
Últimas Notícias
As mais lidas
Mundo
Todos os paulistanos são paulistas, mas nem todos os paulistas são paulistanos; entenda
Termos que definem identidade e pertencimento no Estado de São Paulo