Ciência e Tecnologia • 14:10h • 09 de julho de 2025
Cinco curiosidades sobre embriologistas que ajudam milhões a realizarem o sonho de ter filhos
Profissionais são homenageados em 25 de julho e têm responsabilidade decisiva no sucesso dos tratamentos de fertilização in vitro
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação

Na última sexta-feira do mês, 25 de julho, é celebrado o Dia do Embriologista, uma data que reconhece a importância de profissionais altamente especializados para o sucesso dos tratamentos de reprodução assistida. Esses especialistas atuam em várias etapas da fertilização in vitro (FIV), desde a coleta e manipulação dos gametas até o acompanhamento do desenvolvimento dos embriões.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada seis pessoas em idade reprodutiva no mundo enfrenta dificuldades de fertilidade ao longo da vida. Mais de 5 milhões de crianças já nasceram com a ajuda de técnicas de reprodução assistida, como a FIV. Nesse contexto, o trabalho dos embriologistas é essencial para garantir a qualidade dos processos e aumentar as chances de sucesso.
“A atuação do embriologista é determinante para o sucesso dos tratamentos de reprodução assistida. Desde a fertilização até a transferência embrionária, cada decisão no laboratório pode impactar diretamente o resultado clínico”, destaca Catherine Kuhn Jacobs, embriologista sênior e suporte clínico do Vitrolife Group na América Latina.
O Vitrolife Group, que atua em mais de 80 países e reúne o laboratório de genética Igenomix e dispositivos médicos Vitrolife, listou cinco fatos que demonstram a importância desses profissionais:
1. Metade do sucesso está nas mãos dos embriologistas
De acordo com a Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), 50% da responsabilidade pelos procedimentos em clínicas de reprodução humana recai sobre os embriologistas. Após a coleta de óvulos e espermatozoides, cabe a eles realizar a união desses gametas no laboratório com precisão e segurança.
2. Eles reproduzem no laboratório o que o corpo faria naturalmente
Os embriologistas acompanham a fecundação, a divisão celular e o desenvolvimento dos embriões em ambientes controlados. Temperatura, pH e outros fatores são monitorados para reproduzir as melhores condições para a vida.
3. Mais tecnologia, segurança e menos embriões por tentativa
A escolha de qual embrião será transferido é um momento crítico. Embriologistas avaliam morfologia, divisão celular e resultados de testes genéticos pré-implantacionais (PGT). Catherine Kuhn Jacobs explica que essa seleção cuidadosa permite hoje a transferência de apenas um ou dois embriões, reduzindo o risco de gravidez múltipla e mantendo altas taxas de sucesso.
4. Técnicas avançadas de congelamento ampliam possibilidades
A criopreservação de óvulos e embriões permite que eles sejam mantidos por tempo indeterminado com alta taxa de sucesso. A técnica de vitrificação, por exemplo, reduz o tempo de congelamento para um terço do necessário nos métodos antigos, preservando qualidade e viabilizando planos futuros ou tratamentos oncológicos.
5. Reconhecimento tardio de uma pioneira
O nascimento do primeiro bebê de proveta, em 1978, só foi possível graças à embriologista e enfermeira Jean Purdy, que teve papel central no desenvolvimento da técnica e na rotina de laboratório. Mesmo sendo coautora de 26 artigos científicos, sua contribuição só foi reconhecida oficialmente mais de 30 anos após sua morte, em 1985. A história de Jean está contada na série Joy, disponível na Netflix desde novembro de 2024.
“Celebrar o Dia do Embriologista também é resgatar histórias como a de Jean Purdy, que ajudaram a transformar a reprodução assistida em realidade para milhões de pessoas”, conclui Catherine.
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