Saúde • 13:21h • 30 de junho de 2025
Com dor nas costas persistente? Saiba quando buscar um especialista
Problema atinge 80% da população, pode esconder lesões graves e hoje conta com tratamentos menos invasivos, alerta neurocirurgião
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Baronesa | Foto: Divulgação

A dor na coluna, embora comum, não deve ser considerada normal. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que cerca de 80% da população mundial vai sofrer com esse tipo de dor em algum momento da vida. No Brasil, mais de 27 milhões de pessoas convivem com dores crônicas nas costas, segundo o IBGE. Apesar da alta prevalência, especialistas alertam que ignorar esse sintoma pode atrasar o diagnóstico de problemas sérios.
De acordo com o neurocirurgião Dr. Ricardo Graciano, especialista em procedimentos minimamente invasivos da coluna, o erro mais comum é a banalização do desconforto. “É comum ouvirmos o paciente dizer que ‘acha normal’ sentir dor nas costas, principalmente quem trabalha muito tempo sentado ou com esforço físico. Mas dor é sempre um sinal de que algo está errado, e nunca deve ser ignorada”, destaca o médico.
Quando a dor é sinal de alerta
A recomendação é procurar ajuda médica sempre que a dor durar mais de uma semana, se irradiar para membros, ou começar a afetar tarefas simples do dia a dia, como dormir, caminhar ou dirigir. Outros sinais que exigem atenção imediata incluem:
- Dormência ou formigamento nos braços ou pernas
- Perda de força muscular
- Dificuldade para urinar ou evacuar
- Febre acompanhada de dor
Segundo Dr. Ricardo, esses sintomas podem indicar desde uma hérnia de disco até quadros mais graves, como infecções ou tumores.
Tratamentos menos invasivos estão mais acessíveis
Felizmente, os tratamentos para dores na coluna evoluíram nos últimos anos. “Hoje, conseguimos tratar muitos casos com procedimentos minimamente invasivos e recuperação rápida”, explica o médico. As opções incluem:
- Bloqueios e infiltrações com corticóides, PRP (plasma rico em plaquetas) ou ácido hialurônico
- Fisioterapia especializada e reabilitação motora
- Cirurgia endoscópica da coluna, com cortes menores e retorno mais ágil às atividades
“Nossa meta é restaurar a qualidade de vida do paciente com o mínimo de impacto. Em muitos casos, não há necessidade de cirurgia”, afirma o neurocirurgião.
Impacto vai além da saúde
O problema também tem reflexos econômicos. Segundo o Ministério da Saúde, a dor na coluna está entre as principais causas de afastamento do trabalho no país. Apenas em 2023, foram mais de 200 mil auxílios-doença concedidos por esse motivo.
Para o especialista, a chave está no diagnóstico precoce. “Buscar ajuda cedo é sempre melhor. Quanto antes identificamos a causa da dor, maior a chance de tratar de forma rápida, segura e sem necessidade de cirurgia”, finaliza.
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