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Saúde • 11:38h • 15 de janeiro de 2025

Comitê aponta falhas em estudo sobre mortalidade pós-vacinação contra a Covid-19

A pesquisa questiona a eficácia a longo prazo das vacinas contra a Covid-19, sugerindo um aumento no risco de mortalidade entre vacinados após um ano dos primeiros sintomas. O Comitê apontou falhas metodológicas graves no estudo, alertando para os riscos de desinformação e de abalo à confiança nas vacinas

Da Redação com informações da Fiocruz | Foto: Arquivo Âncora1

Entre as suas recomendações, o Comitê reforça a importância de manter rigor metodológico em pesquisas sobre saúde pública, especialmente em temas sensíveis como vacinas.
Entre as suas recomendações, o Comitê reforça a importância de manter rigor metodológico em pesquisas sobre saúde pública, especialmente em temas sensíveis como vacinas.

O Comitê de Acompanhamento Técnico-Científico das Iniciativas Associadas a Vacinas para a Covid-19, formado por um grupo independente de especialistas da Fiocruz e de fora da instituição, posicionou-se criticamente na segunda-feira (13/01) sobre o artigo Avaliação do risco de mortalidade pós-Covid em casos classificados como síndrome respiratória aguda grave no Brasil: um estudo longitudinal de médio e longo prazo, publicado em dezembro de 2024 pela revista científica Frontiers in Medicine. A nota de posicionamento será enviada ao editor da publicação, solicitando a retratação do artigo.

O estudo alega que “o efeito protetor da imunização contra a Covid-19 foi observado até um ano após os primeiros sintomas e que, após esse período, o efeito foi revertido, mostrando um risco aumentado de morte para os vacinados". Para os especialistas do Comitê, o artigo apresenta conclusões baseadas em metodologias falhas e podem contribuir para uma maior desconfiança em relação às vacinas.

“A hipótese apresentada pelo artigo contrasta com o vasto corpo de conhecimento científico publicado sobre vacinas e vacinação, não apenas contra a Covid-19, mas também contra muitas outras doenças evitáveis por vacinação”, avaliou o Comitê. O grupo também apontou para outras limitações significativas, como a natureza observacional não controlada e o uso inadequado do banco de dados de notificação de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) classificados como Covid-19 do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep). De acordo com os especialistas, esse banco de dados, embora seja robusto, não é estruturado para responder às hipóteses apresentadas sobre diferenças de mortalidade a longo prazo entre vacinados e não vacinados. Além disso, o estudo não leva em conta fatores como idade, comorbidades e condições socioeconômicas, considerados importantes para o desfecho do caso clínico.

O Comitê também criticou a falta de referência a estudos de outros grupos de pesquisa, incluindo análises brasileiras que utilizaram a mesma base de dados. Os especialistas lembraram que existe um vasto corpo de evidências científicas demonstrando a segurança e a eficácia das vacinas, respaldado por organizações como o International Vaccine Access Center (IVAC), da Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health.

Entre as suas recomendações, o Comitê reforça a importância de manter rigor metodológico em pesquisas sobre saúde pública, especialmente em temas sensíveis como vacinas. Os especialistas também ressaltaram a necessidade de usar diferentes bancos de dados e de considerar evidências já estabelecidas sobre a eficácia e segurança das vacinas. Eles alertaram para os riscos de conclusões precipitadas. Na tentativa de evitar que a pesquisa prejudique a confiança nas vacinas, o Comitê solicitou maior transparência dos autores e das revistas científicas.

“É crucial manter o rigor científico, evitando a polarização ideológica na pesquisa sobre vacinas. Artigos submetidos para publicação científica abordando causalidade relacionada a condições de saúde, que são multifatoriais por natureza, devem usar bancos de dados múltiplos, apropriados e robustos para testar hipóteses multicriteriais, além de declarar claramente as limitações metodológicas do artigo e das inferências apresentadas”, afirmou o Comitê em mensagem que será transmitida aos editores da Frontiers in Medicine acompanhada por um pedido de retratação.

“A ciência tem um papel fundamental na construção de confiança e no avanço da saúde pública. Estudos precisam respeitar altos padrões metodológicos para evitar desinformação e garantir que decisões sejam tomadas com base em dados confiáveis”, concluiu o Comitê.

Na última semana, a Fiocruz publicou uma nota oficial, reforçando a segurança do imunizante e da importância da vacinação como estratégia no enfrentamento à pandemia. Outros grupos de pesquisadores da Fiocruz também têm manifestado importantes ressalvas em relação ao artigo e solicitado um posicionamento dos editores da Frontiers in Medicine. O Ministério da Saúde publicou uma nota contestando a validade do estudo.

Comitê de Acompanhamento Técnico-Científico das Iniciativas Associadas a Vacinas para a Covid-19

O Comitê de Acompanhamento Técnico-Científico das Iniciativas Associadas a Vacinas para a Covid-19 foi criado pela Presidência da Fiocruz em julho de 2020. Suas principais atribuições são avaliar documentos técnicos científicos sobre o desenvolvimento tecnológico da vacina, os ensaios clínicos e o processo de incorporação tecnológica; avaliar a aquisição ou absorção de tecnologias de terceiros ou o desenvolvimento de colaborações ou parcerias para o desenvolvimento de tecnologias relacionadas ao combate ao Covid-19; e elaborar pareceres técnicos científicos, para subsidiar a Presidência da Fiocruz nestes temas.

Atualmente, o comitê é presidido pelo presidente da Fiocruz, Mario Moreira, e composto por membros da Fundação, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Goiás (UFG).

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