Ciência e Tecnologia • 20:28h • 08 de agosto de 2025
Congresso europeu aponta avanços em embriões com três DNAs e tratamentos menos invasivos
Técnicas com inteligência artificial, medicamentos menos invasivos e até embriões com três DNAs foram destaques do ESHRE 2025, o maior evento global sobre reprodução humana
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Link Comunicação | Foto: Divulgação

A medicina reprodutiva atravessa um momento de revolução tecnológica, e o ESHRE 2025, maior congresso mundial da área, realizado em Paris no início de julho deixou isso ainda mais evidente. Reunindo mais de 15 mil especialistas de diversos países, o evento destacou avanços que envolvem desde o uso intensivo de inteligência artificial até perspectivas inéditas em terapias menos invasivas, tudo com o objetivo de ampliar as chances de sucesso de quem enfrenta dificuldades para engravidar.
A inteligência artificial foi tema recorrente nas apresentações e aparece como grande aliada nos processos de fertilização in vitro (FIV). Ferramentas estão sendo desenvolvidas para prever quais óvulos têm maior chance de formar embriões saudáveis, selecionar espermatozoides com mais precisão e até acompanhar o crescimento dos folículos ovarianos com mais eficiência. No entanto, como alertam as especialistas da Clínica Origen BH, que estiveram no congresso, essas tecnologias ainda estão em fase de validação e não são aplicadas de forma ampla.
Outros temas de destaque incluem o uso de medicamentos orais no tratamento da endometriose oferecendo alternativas menos invasivas e com menos efeitos colaterais e o debate sobre a eficácia de ciclos únicos versus múltiplos ciclos de estimulação ovariana em pacientes com baixa reserva. Segundo a Dra. Maria Clara Amaral, o desejo é que a gravidez aconteça na primeira tentativa, mas a realidade clínica exige caminhos personalizados.
Na área laboratorial, inovações como o uso de IA para identificar espermatozoides em biópsias testiculares e novas técnicas de congelamento ultrarrápido de óvulos e embriões foram apontadas como promissoras. Outro assunto que chamou atenção foi o transplante mitocondrial, capaz de gerar embriões com material genético de três pessoas — mãe, pai e doadora — uma abordagem ainda experimental que requer acompanhamento rigoroso, especialmente diante de casos de reativação do genoma mitocondrial original.
A Clínica Origen BH reforça que acompanha com responsabilidade esses avanços, sempre atenta à segurança das pacientes e à medicina baseada em evidências. Embora muitas dessas técnicas ainda estejam em estudo, elas apontam para um futuro cada vez mais preciso, confortável e personalizado no cuidado à fertilidade.
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