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Saúde • 10:39h • 30 de dezembro de 2024

Conheça as ações e investimentos para controle de casos de dengue

Novas tecnologias, atenção a populações vulneráveis e investimentos de R$ 1,5 bilhão marcam a resposta da pasta a um dos maiores desafios de saúde pública do Brasil, agravado pelas mudanças climáticas

Da Redação com informações de Agência Gov | Foto: Tony Winston/MS

Profissionais de saúde têm acesso a cursos, manuais e notas técnicas que qualificam sobre o diagnóstico e tratamento da doença
Profissionais de saúde têm acesso a cursos, manuais e notas técnicas que qualificam sobre o diagnóstico e tratamento da doença

Segundo o relatório global The Lancet Countdown, devido ao aquecimento decorrente das mudanças climáticas, a dengue tem uma probabilidade de aumentar em até 37% seu potencial de transmissão no mundo inteiro.

Com o objetivo de controlar a tendência de aumento no período sazonal, o Ministério da Saúde reservou investimento de R$ 1,5 bilhão em uma estratégia que inclui uso de novas tecnologias para o controle da doença, além de ter intensificado campanhas educativas. Também foi feita a aquisição de 9,5 milhões de doses da vacina contra dengue para 2025 e, em uma atuação tripartite, parceria estreita com governos estaduais e municipais.

Em acordo com os principais órgãos de saúde internacionais, o Brasil lançou o Plano para Redução da Dengue e de Outras Arboviroses em setembro de 2024. Em colaboração com instituições públicas, privadas e organizações sociais, estão em implementação 6 eixos de ação que incluem prevenção; vigilância; organização da rede assistencial com qualificação de profissionais para diagnóstico e tratamento adequado; e mobilização e comunicação comunitária, considerando que 75% dos focos estão dentro das residências.

O Ministério da Saúde mantém diálogo constante com estados e municípios, tendo realizado reuniões de monitoramento das ações com as unidades federativas e cidades com mais de 100 mil habitantes. No início da gestão, em 2023, foi feita a recomposição dos estoques de inseticidas em todo o país e, agora, com a regularização dos estoques e atendimento das demandas, 100% dos estados estão abastecidos. Para o reforço da vigilância, foram distribuídos mais de 3 milhões de testes para detecção da dengue e outras arboviroses.

Para controle do vírus, o Ministério da Saúde investe no uso de novas tecnologias: destacam-se a ampliação do método Wolbachia; para áreas de difícil acesso, como periferias, a incorporação ao SUS das Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs); em aldeias indígenas, o uso da Técnica do Inseto Estéril por Irradiação em aldeias indígenas; e borrifação residual intradomiciliar (BRI-Aedes) em creches, escolas, asilos e locais de grande circulação.

1. Quais fatores contribuíram para o aumento dos casos de dengue em 2024?

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente, a dengue é considerada endêmica em mais de 130 países – um dos efeitos das mudanças climáticas. As alterações no clima têm afetado as condições de saúde em todo o mundo e, uma das consequências é o aumento nas arboviroses não somente no Brasil, mas em diversos locais. Desde 2023, a Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que surtos de dengue foram observados pela primeira vez em locais como Afeganistão, Paquistão, Sudão, Somália e Iêmen, e a transmissão local passou a ocorrer na Espanha, Itália e França.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em 2024, nas Américas, o número de casos nos seis primeiros meses de 2024 excedeu o número de casos notificados anualmente em comparação a todos os anos anteriores. No México, por exemplo, houve um aumento de 241% em relação ao mesmo período de 2023; e 357% em relação à média dos últimos cinco anos. Na Guatemala, esses índices alcançaram, respectivamente, 516% e 734%.

2. Quais são os principais desafios enfrentados pelo Brasil no controle da dengue nos últimos anos?

Os principais desafios incluem o aumento expressivo dos casos agravado pelas mudanças climáticas, especialmente no regime de chuvas, e a alteração nos sorotipos da dengue, com circulação simultânea dos 4 sorotipos em 2024, que aumenta o risco de disseminação.

Além do reflexo direto das mudanças climáticas na intensificação da proliferação do mosquito Aedes aegypti, com o aumento das temperaturas e a irregularidade das chuvas, a urbanização desordenada e o saneamento básico inadequado criam condições favoráveis para a reprodução do mosquito.

3. Quais ações o Ministério da Saúde implementou para conter a dengue?

Desde 2023, o Ministério da Saúde está em constante alerta quanto ao cenário epidemiológico, mantendo ações ininterruptas e preparando os estados e municípios para atuar nos diferentes cenários. Para o período sazonal 2024-2025, o Governo Federal deve aplicar mais de R$ 1,5 bilhão na aquisição de vacinas contra a dengue, insumos laboratoriais para testagem das arboviroses, insumos para controle vetorial, mobilização e conscientização da população, além de suporte aos municípios para custeio assistencial.

No período de menor transmissão, estão sendo priorizadas a intensificação do controle vetorial do Aedes aegypti , utilizando tecnologias adaptadas às realidades locais, com preparação da rede assistencial com a qualificação das equipes e parcerias com entidades privadas para garantir atendimento oportuno à população e reduzir hospitalizações e óbitos evitáveis.

4. Quais tecnologias estão sendo adotadas?

O ministério vem adotando uma série de tecnologias para o controle do Aedes aegypti. Isso inclui as Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs), que já registraram redução de 29% na incidência de dengue em estudos realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o monitoramento entomológico por ovitrampas, a Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI -Aedes) e o uso de Inseto Estéril Irradiado.

O método Wolbachia, que utiliza bactéria presente em cerca de 60% dos insetos, será ampliado. Em Niterói (RJ), o resultado alcançado em todo o município (2023) foi a redução de 69,4% dos casos de dengue, 56,3% dos casos de chikungunya e 37% dos casos de zika na cidade.

5. Como são decididos os locais que vão receber as tecnologias?

O passo inicial, principalmente para os municípios de grande porte, é a avaliação do risco e caracterização do território municipal, considerando os principais fatores que podem contribuir para a infestação do mosquito transmissor. Além disso, são utilizados drones e geoprocessamento para mapear áreas de risco.

O monitoramento entomológico por ovitrampas somado aos levantamentos de índices larvários (LIRAa e LIA) permitem uma vigilância permanente da infestação, possibilitando o direcionamento de ações a partir das ovitrampas (armadilhas usadas para capturar os ovos do mosquito).

6. Que tipos de qualificações são oferecidas aos profissionais?

Para profissionais de saúde, são promovidos cursos, manuais e notas técnicas que qualificam sobre o diagnóstico e tratamento da doença para garantir que eles estejam atualizados e preparados para lidar com casos graves. Para jornalistas e comunicadores, o Ministério da Saúde oferece curso para orientar sobre estratégias para informação e comunicação da população sobre enfrentamento das arboviroses.

7. O que foi o 'Dia D' e qual sua importância no controle à dengue?

O 'Dia D' foi uma mobilização nacional realizada em dois momentos este ano – 2 de março e 14 de dezembro, com o objetivo de conscientizar a população. Segundo a ministra Nísia Trindade, "o controle da dengue e do mosquito Aedes aegypti estão entre os maiores desafios da saúde pública no Brasil e no mundo, exigindo ações de todas as esferas da gestão e participação ativa da população".

8. Como os cidadãos podem contribuir para eliminar focos do mosquito da dengue?

A dengue é uma doença que pode ser amplamente controlada com medidas cotidianas. Confira 10 passos simples que protegem você e sua família contra o mosquito vetor:

  • Tampe caixas d’água, ralos e pias;

  • Higienize bebedouros de animais de estimação;

  • Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana de sua cidade. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos do contato com a água;

  • Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e bebedouros e lave-os com água e sabão;

  • Limpe as calhas e a laje da sua casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;

  • Coloque areia nos vasos de plantas;

  • Amarre bem os sacos de lixo e não descarte resíduos sólidos em terrenos abandonados ou na rua;

  • Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;

  • Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;

  • Receba bem os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.

Fique atento

Em caso de febre, dor de cabeça, dores atrás dos olhos ou no corpo, náuseas e manchas na pele, procure imediatamente a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa. Não faça uso de medicamentos sem conhecimento médico. Em caso de dengue, o uso inadequado de certos remédios pode agravar o quadro de saúde.

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