• Embaixada dos EUA exige perfis abertos em redes sociais para concessão de vistos F, M e J
  • Conheça as áreas da tecnologia que mais contratam mulheres no Brasil em 2025
  • Corpo de Bombeiros de SP cria guia sobre prevenção a incêndios em áreas rurais
Novidades e destaques Novidades e destaques

Responsabilidade Social • 11:18h • 30 de março de 2025

Construções em cidades brasileiras crescem mais que a população

Constatação é de um estudo publicado pela WRI Brasil

Agência Brasil | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Foram as metrópoles que mais cresceram em volume construído e em ritmo diferente do crescimento demográfico.
Foram as metrópoles que mais cresceram em volume construído e em ritmo diferente do crescimento demográfico.

O volume de imóveis nas cidades do país está crescendo mais que a própria população. A constatação é de um estudo publicado, na última quarta-feira (26), pela WRI Brasil. A pesquisa inédita traz dados sobre a evolução da forma urbana de todo o país entre os anos de 1993 e 2020.

Segundo o gerente de desenvolvimento Urbano da WRI, Henrique Evers, o estudo permite ir além da identificação do crescimento das áreas urbanas, alcançando também o entendimento de como cada cidade cresceu a partir do cruzamento de dados demográficos, de uso do solo e de mapeamento do volume das formas urbanas.

“A gente a partir desses dados conseguiu categorizar alguns tipos de cidade. Cidades que apresentaram, nesses 30 anos, um crescimento horizontal mais intenso, que a gente chama de cidades em processo de espraiamento intenso. Cidades que ainda tiveram um processo de espraiamento horizontal, mas um pouco mais melhorado. Cidades que estão estáveis e cidades com uma verticalização”, explica.

O estudo considera pequenas cidades as que concentram menos de 500 mil habitantes (143, ou 77% do total), médias aquelas que contabilizam entre 500 mil e 1 milhão de habitantes (totalizando 20 concentrações, 11% do total) e grandes as que contam com mais de 1 milhão de habitantes (22 concentrações, 12% do total).

A partir dessas categorias, os pesquisadores concluíram que as grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre são as que mais cresceram na forma vertical, ocupando menos espaço e concentrando pessoas e oferta de serviços. “Cidades mais compactas facilitam o acesso da população às oportunidades urbanas e podem oferecer padrões de mobilidade mais eficientes, reduzindo o consumo de energia e a emissão de poluentes", afirma Evers.

Por outro lado, também foram as metrópoles que mais cresceram em volume construído e em ritmo diferente do crescimento demográfico. “As grandes cidades estão num processo de estagnação populacional, em alguns casos até redução. Porém, isso não impediu que as cidades continuassem crescendo na sua forma construída, principalmente verticalmente”, diz o pesquisador.

Especulação imobiliária

Além da acomodação otimizada da população, o estudo aponta que o avanço no volume de construções em descompasso com o avanço demográfico também pode ser justificado pela financeirização do espaço urbano, levando à construção de edificações que permanecem vazias para especulação imobiliária.

“O nosso intuito com esse trabalho é oferecer esses dados, essa série temporal de quase 30 anos, para permitir que novos estudos procurem olhar mais para a relação de causalidade e possam estabelecer quais foram, talvez, os direcionadores principais desse fenômeno”, afirma o pesquisador Guilherme Iablonovski, cientista de dados na Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Os dados indicaram ainda que nas cidades médias e pequenas o comportamento foi diferente com crescimento predominantemente de forma horizontal. São cidades como Campo Grande, Cuiabá, Natal, Manaus, Palmas e Teresina onde a urbanização ocorreu de forma mais dispersa.

De acordo com os pesquisadores, com a compreensão da forma como os centros urbanos brasileiros crescem é possível pensar políticas urbanas que otimizem a ocupação das cidades permitindo um acesso adequado à terra, oportunidades, serviços públicos e moradia, consumindo o mínimo de recursos necessários, causando menos impacto ambiental e climático.

“Existe uma relação direta sobre a dinâmica de expansão urbana e as questões climáticas, tanto na agenda de mitigação, de reduzir as emissões dos gases do efeito estufa, quanto na agenda de adaptação para cidades mais eficientes”, conclui Evers.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Política • 14:28h • 24 de agosto de 2025

Embaixada dos EUA exige perfis abertos em redes sociais para concessão de vistos F, M e J

Medida afeta solicitantes de vistos F, M e J, obrigando-os a abrir perfis pessoais, o que especialistas apontam como violação de privacidade e conflito direto com a legislação brasileira de proteção de dados

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 14:21h • 24 de agosto de 2025

Farmacêutico cria inteligência artificial para guiar pacientes oncológicos na medicação

Ferramenta criada por farmacêutico residente melhora acesso a informações sobre medicamentos e efeitos colaterais

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 13:38h • 24 de agosto de 2025

Projeto Inova Sênior pretende reintegrar engenheiros 60+ ao mercado de trabalho

Projeto, criado por egressos da Escola Politécnica da USP e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), une inteligência artificial, governança ambiental, social e corporativa para valorizar o capital intelectual brasileiro de uma parte da população

Descrição da imagem

Saúde • 13:01h • 24 de agosto de 2025

Suplementos alimentares têm 188 milhões de buscas em um ano no Brasil

Principais dúvidas envolvem efeitos no organismo, consumo em jejum e interação com medicamentos

Descrição da imagem

Economia • 12:50h • 24 de agosto de 2025

Como economizar no supermercado em Assis em meio à alta nos preços dos alimentos

Inflação global e nacional pressiona os lares, mas especialistas indicam estratégias que podem ser aplicadas também no dia a dia dos consumidores assisenses

Descrição da imagem

Educação • 12:16h • 24 de agosto de 2025

Candidatos das Fatecs podem pedir isenção ou desconto na taxa até 12 de setembro

Serão oferecidas 6 mil isenções de pagamento; para redução do valor, não há limite de oferta e o valor integral da taxa é de R$ 47

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 11:48h • 24 de agosto de 2025

Conheça as áreas da tecnologia que mais contratam mulheres no Brasil em 2025

Estudo mostra quais áreas mais contratam mulheres e como a diversidade tem se tornado fator decisivo de inovação e competitividade

Descrição da imagem

Mundo • 11:14h • 24 de agosto de 2025

Corpo de Bombeiros de SP cria guia sobre prevenção a incêndios em áreas rurais

Roteiro foi desenvolvido em colaboração com a Secretaria da Agricultura para auxiliar moradores com os procedimentos que devem ser tomados antes, durante e depois de uma ocorrência

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?