Responsabilidade Social • 10:41h • 26 de novembro de 2024
COP29 fecha acordo climático e chefe da ONU critica resultado
Países ricos doarão US$ 300 bi anuais para combate a mudanças do clima
Da Redação com informações da Agência Brasil | Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil

Durante a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29), realizada em Baku, no Azerbaijão, foi firmado um acordo para que países ricos destinem US$ 300 bilhões anuais a nações em desenvolvimento até 2035. O objetivo é financiar ações de combate e mitigação das mudanças climáticas.
Apesar do avanço, o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que esperava “resultados mais ambiciosos”. Ele enfatizou a importância de o compromisso ser honrado no prazo e rapidamente convertido em recursos. Ainda assim, destacou que o acordo mantém vivo o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C.
Críticas e Demandas de Países Vulneráveis
Nações mais vulneráveis classificaram o acordo como insuficiente, apontando que os recursos estão muito abaixo do necessário. Enquanto a proposta inicial era de US$ 250 bilhões anuais, os países em desenvolvimento defendiam US$ 1,3 trilhão por ano. O novo acordo substituirá os atuais US$ 100 bilhões anuais previstos para 2020-2025.
O documento final da COP29 alerta para o descompasso entre o financiamento disponível e as necessidades globais. Para alcançar os objetivos climáticos até 2030, seriam necessários entre US$ 5,1 e 6,8 trilhões, com um fluxo anual de US$ 455 a 584 bilhões no âmbito do novo acordo.
Mercado de Carbono e Transição Energética
A COP29 também estabeleceu as bases para um mercado global de carbono, facilitando o comércio de créditos de carbono e incentivando investimentos sustentáveis. Guterres elogiou o consenso obtido, destacando o papel do multilateralismo mesmo em cenários geopolíticos desafiadores.
O secretário-geral reiterou a necessidade de acelerar a transição para energias renováveis, afirmando que o fim da era dos combustíveis fósseis é uma “inevitabilidade econômica”. Ele destacou a urgência de novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) para acelerar essa transformação de forma justa.
Compromissos do Brasil
O Brasil apresentou a terceira geração de sua NDC, revisando suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para 59% a 67% até 2035 e reafirmando o compromisso com a neutralidade climática até 2050. O país detalhou políticas públicas e ações setoriais que visam atingir essas metas, destacando seu papel no cenário global de combate à crise climática.
Próxima Conferência
A COP30 será realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025, marcando a primeira vez que o Brasil sediará uma conferência climática da ONU.
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