Ciência e Tecnologia • 11:15h • 21 de maio de 2024
Detectando o Alzheimer através dos olhos: um estudo inovador na USP
Mapeamento da retina poderia antecipar o diagnóstico de Alzheimer, revela pesquisa da Faculdade de Medicina da USP
Da Redação | Com informações do Governo de SP | Divulgação: Internet

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) estão conduzindo estudos inovadores que utilizam fotografias da retina para avaliar indicadores de demência, incluindo o Alzheimer.
Este avanço representa um passo significativo na detecção precoce da doença, que muitas vezes se manifesta silenciosamente e é diagnosticada já em estágio avançado.
O professor Mario Luiz Ribeiro Monteiro, do Departamento de Oftalmologia da USP, explica que o Alzheimer, além de afetar o cérebro, também compromete a transmissão de imagens da retina ao cérebro. Os sintomas podem incluir alterações na sensibilidade ao contraste, percepção de cores e movimento, ou dificuldades na interpretação de imagens.
A descoberta recente é que a doença também afeta a retina, que é considerada uma extensão do cérebro.
Este novo campo de pesquisa busca identificar indicativos da doença já em sua fase inicial, examinando não apenas o cérebro, mas também os olhos. Um dos focos é a detecção de placas beta-amiloides, comuns em pacientes com Alzheimer, que recentemente foram descobertas também na retina.
O estudo atual na USP utiliza uma técnica chamada hiperespectral, que capta imagens da retina em diferentes comprimentos de onda. O objetivo é detectar sinais precoces de demência que possam estar presentes.
Os participantes são divididos em grupos baseados na presença ou ausência de alterações no PET Scan, uma tomografia que pode indicar a presença da proteína beta-amiloide.
Os resultados deste estudo são processados por um sistema de inteligência artificial, que está sendo treinado para identificar padrões que possam indicar o desenvolvimento da doença.
Este método, se comprovado eficaz, poderia transformar significativamente o diagnóstico e o manejo do Alzheimer, permitindo intervenções mais precoces e potencialmente mais eficazes. A pesquisa segue em andamento, prometendo contribuições importantes para a neurologia e a oftalmologia.
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