Responsabilidade Social • 12:03h • 20 de outubro de 2025
Dia da Consciência e Combate ao Bullying alerta para sinais, ação, proteção e prevenção
No Dia da Consciência e Combate ao Bullying, especialista alerta sobre os sinais de violência escolar, os impactos emocionais e as formas de agir diante do problema
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Midiaria | Foto: Arquivo/Âncora1
O Dia da Consciência e Combate ao Bullying, celebrado nesta segunda-feira, 20 de outubro, reforça a importância do diálogo e da atenção sobre um problema que ainda afeta milhões de crianças e adolescentes brasileiros.
Segundo levantamento do DataSenado, 6,7 milhões de estudantes — o equivalente a 11% dos quase 60 milhões matriculados no país — sofreram algum tipo de violência escolar no último ano. Quando considerados apenas os casos de bullying, o índice sobe para 33%, atingindo cerca de 20 milhões de alunos.
O bullying pode assumir diferentes formas — física, verbal, emocional, social, sexual e virtual (ciberbullying) — e suas consequências vão muito além da escola. Ele afeta a autoestima, o desempenho acadêmico e pode levar a transtornos psicológicos como depressão, ansiedade e, em casos mais graves, ao transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
A professora e psicóloga Dra. Mariana Ramos, do curso de Psicologia da Afya Centro Universitário Itaperuna, alerta que a detecção precoce é essencial. “Pais e educadores precisam criar um ambiente de confiança, onde a criança se sinta segura para compartilhar suas experiências. O acolhimento é o primeiro passo para interromper o ciclo de violência”, afirma.
Como identificar os sinais de bullying
Alterações comportamentais e emocionais são os principais indicadores de que algo não vai bem. Entre os sinais mais comuns estão:
- Mudanças bruscas de humor, isolamento ou irritabilidade;
- Queda no rendimento escolar e resistência em ir à escola;
- Queixas frequentes de dores de cabeça ou de estômago sem causa aparente;
- Insônia, pesadelos e alterações no apetite;
- Evitar redes sociais ou demonstrar angústia após o uso do celular;
- Falas autodepreciativas ou comportamentos autodestrutivos.
Dra. Mariana ressalta que os pais devem observar com atenção e evitar minimizar o sofrimento dos filhos com frases como “isso é bobagem” ou “você precisa ser mais forte”.
“A criança precisa sentir-se ouvida e protegida. A escuta empática é fundamental para que ela volte a confiar no ambiente escolar e familiar”, explica.
O papel da escola e da família
De acordo com a especialista, a prevenção e o enfrentamento ao bullying exigem uma atuação conjunta entre família, escola e profissionais de saúde mental.
A implementação de programas de conscientização — como palestras, rodas de conversa e oficinas — é essencial para fortalecer valores como empatia, respeito e convivência pacífica. “Professores e funcionários precisam de capacitação contínua para identificar situações de violência e saber intervir corretamente. Ao mesmo tempo, espaços de escuta psicológica e grupos de apoio podem oferecer o suporte necessário aos alunos”, acrescenta.
A psicóloga também orienta os pais sobre os passos imediatos a seguir diante de uma suspeita:
- Buscar apoio profissional especializado;
- Comunicar formalmente a escola e registrar o ocorrido;
- Solicitar acompanhamento psicológico tanto para a vítima quanto para o agressor.
“É importante lembrar que o agressor também necessita de apoio, pois muitas vezes ele próprio já foi vítima em outro contexto. A abordagem punitiva isolada não resolve — o que transforma é o acolhimento, o diálogo e a educação socioemocional”, conclui Dra. Mariana.
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