Ciência e Tecnologia • 11:07h • 16 de outubro de 2024
Diplomacia Científica: O que é e como pode impulsionar a agenda climática?
Edital aberto pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Santa Catarina em parceria com MCTI e IAI oferece bolsa no valor de R$15 mil para capacitação na área; inscrições se encerram em 28 de outubro
Da Redação com informações do Ministério da Ciência | Foto: Nohlan Hubertus/Divulgação Fapesc

A diplomacia científica é uma estratégia essencial para aproximar a ciência da sociedade e dos tomadores de decisão, promovendo políticas públicas baseadas em evidências e ajudando a alcançar compromissos institucionais. No contexto das mudanças climáticas, essa abordagem desempenha um papel fundamental na promoção do desenvolvimento sustentável e na transformação social.
Segundo Carlos Matsumoto, chefe da assessoria internacional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Brasil tem utilizado a diplomacia científica para fortalecer parcerias internacionais e melhorar a governança global. O objetivo é garantir que decisões de política externa se apoiem em conhecimento científico sólido. “Ter equipes qualificadas é essencial para conectar demandas políticas ao conhecimento científico”, destaca Matsumoto.
Marcella Ohira, do Instituto Interamericano para Pesquisa de Mudanças Globais (IAI), aponta que um dos desafios é a comunicação entre cientistas e tomadores de decisão, que operam com diferentes linguagens e prazos. O papel dos assessores científicos, explica Ohira, é essencial para traduzir o conhecimento e facilitar o desenvolvimento de políticas públicas baseadas em evidências.
Foco na agenda climática
Para Márcio Rojas, coordenador-geral de Ciência do Clima do MCTI, a agenda climática depende de forte suporte científico para enfrentar desafios globais. Ele enfatiza a relevância de iniciativas de treinamento, como o programa conduzido pelo IAI, que qualificou servidores do MCTI. O especialista Ricardo Araujo destaca que essa capacitação foi decisiva para implementar aspectos da Convenção do Clima da ONU no Brasil, contribuindo para melhorar a eficiência nas atribuições do governo.
Araujo também elogia a iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Santa Catarina (Fapesc), que oferece treinamento para jovens pesquisadores. O objetivo é preparar especialistas capazes de orientar governos locais e federais na construção de políticas ambientais eficazes.
Programa de bolsas da Fapesc
A Fapesc está com inscrições abertas até 28 de outubro para o programa Ciência, Tecnologia e Política (STeP), oferecendo cinco bolsas de R$ 15,7 mil mensais, com duração de até 24 meses e carga horária de 30 horas semanais. Os candidatos precisam ter doutorado concluído entre um e dez anos antes da inscrição, fluência em inglês e nível intermediário em espanhol.
Além disso, o plano de trabalho dos bolsistas deve se alinhar à estratégia de desenvolvimento da bioeconomia e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O programa também exige disponibilidade para residir em Brasília durante a vigência da bolsa. “Essa iniciativa formará uma nova geração de líderes capazes de conectar ciência e ação política para resolver desafios contemporâneos”, destaca Fábio Wagner Pinto, presidente da Fapesc.
A iniciativa é fruto da cooperação entre o IAI, MCTI, Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a Secretaria da Fazenda de Santa Catarina. A formação envolverá atividades presenciais e virtuais, além de mentorias em Santa Catarina e nas pastas ministeriais, com o MCTI recebendo um dos bolsistas.
Consulte a íntegra do edital Fapesc, MCTI e IAI aqui.
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