Saúde • 19:20h • 30 de maio de 2025
“Divórcio do sono”: casais estão dormindo separados por conta de roncos e insônia
Pesquisa revela que 18% dos casais dormem em quartos separados devido a roncos e outros distúrbios; especialistas apontam que a medicina do sono pode ser a chave para salvar a relação
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Afya | Foto: Divulgação

Uma pesquisa global realizada em 2025 pela ResMed, empresa especializada em saúde respiratória e do sono, revelou uma tendência que vem crescendo entre os casais: o chamado “divórcio do sono”. O levantamento, que ouviu mais de 30 mil pessoas em 13 países, mostrou que três em cada dez entrevistados (32%) apontam o ronco, a respiração ruidosa ou ofegante do parceiro como grandes responsáveis pela má qualidade do sono.
O desconforto gerado por ruídos noturnos, apneia, insônia e outros distúrbios tem levado muitos casais a optar por dormir em quartos separados. Segundo a pesquisa, 18% dos casais já adotaram permanentemente essa prática. O impacto dessa decisão, porém, varia: 31% dos entrevistados disseram que a relação melhorou após dormir separado, enquanto 30% sentiram piora. Na vida íntima, 28% notaram melhora, mas 22% relataram queda na qualidade da relação sexual.
Para Marcelo Andrade Starling, médico e professor da Afya Educação Médica em Belo Horizonte, esse fenômeno é reflexo de problemas que poderiam ser evitados com o cuidado adequado. “O ‘divórcio do sono’ é quando um parceiro compromete, sem querer, o descanso do outro. A Medicina do Sono entra exatamente para entender e tratar essas questões, melhorando não só a qualidade do sono, mas também a harmonia do relacionamento”, explica.
Os distúrbios mais comuns que levam à separação noturna são apneia, ronco crônico, insônia e até movimentos involuntários durante a noite. O especialista destaca que, antes de tomar decisões como dormir em quartos separados, é fundamental buscar ajuda médica para diagnosticar e tratar esses problemas.
Starling reforça que o sono não é uma questão individual, mas um compromisso do casal. “Quando um dorme mal, isso reflete diretamente no humor, na comunicação e na paciência do outro. Isso pode gerar desgaste emocional e tensão na convivência”, afirma.
Entre as principais recomendações para melhorar a qualidade do sono estão a adoção de uma rotina noturna, evitar o uso de celulares e telas antes de dormir, não consumir cafeína, álcool ou alimentos pesados no período noturno, além de criar um ambiente escuro, silencioso e confortável para o descanso. “A cama deve ser um espaço sagrado, dedicado apenas ao sono e ao relaxamento”, conclui.
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