Variedades • 16:09h • 22 de novembro de 2025
DNA de Hitler revela distúrbios genéticos, aponta documentário
Novo estudo genético identifica síndrome rara e outras predisposições hereditárias no ditador
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações do CFF | Foto: CFF
Um documentário exibido pelo Channel 4 apresentou novas evidências sobre a saúde de Adolf Hitler. A produção O DNA de Hitler: O Projeto de um Ditador aponta que ele provavelmente tinha Síndrome de Kallmann, condição genética que prejudica o desenvolvimento sexual e reduz a produção de testosterona. A conclusão veio da análise de vestígios de sangue atribuídos ao líder nazista e também descarta a hipótese de origem judaica.
Especialistas explicam que a síndrome pode causar testículos não descidos, micropênis, falta de olfato e baixa libido, características que reforçam relatos históricos sobre possíveis dificuldades sexuais de Hitler.
O historiador Alex Kay, da Universidade de Potsdam, afirma que esses fatores ajudam a entender o desconforto do ditador diante de mulheres. O documentário trata isso como uma peça importante para compreender aspectos pouco conhecidos de sua vida pessoal.
O estudo só foi possível graças a uma amostra de sangue retirada do sofá onde Hitler morreu em 1945, preservada por um oficial americano. A geneticista Turi King, da Universidade de Bath, analisou o material.
O sequenciamento também mostrou predisposição genética a TDAH, autismo, transtorno bipolar e esquizofrenia. Pesquisadores dizem que essas tendências hereditárias podem ajudar a contextualizar comportamentos paranoicos e antissociais associados ao ditador.
A geneticista Ditte Demontis, da Universidade de Aarhus, afirma que as pontuações para esquizofrenia e traços antissociais estão entre as mais altas já registradas. O psiquiatra Michael Fitzgerald classifica o conjunto como um caso de “psicopatia autista criminosa”, interpretação que, segundo ele, ajuda a entender parte da personalidade de Hitler.
Hitler sempre manteve sigilo sobre sua saúde e vida íntima. As novas análises, divulgadas 80 anos após sua morte, ampliam o debate sobre fatores biológicos que podem ter influenciado sua trajetória.
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