Responsabilidade Social • 10:49h • 28 de junho de 2025
Doador O negativo mantém doações regulares há mais de 15 anos e inspira outros
Luciano Germano da Cunha, doador universal, doa a cada três meses e reforça a importância da constância; Banco de Sangue do HSPE destaca urgência por tipos raros como o O negativo
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações do Iamspe | Foto: Divulgação

Doar sangue se tornou mais do que um gesto de solidariedade para o educador Luciano Germano da Cunha, de 50 anos. Há mais de 15 anos ele realiza o máximo de doações permitidas anualmente, com regularidade e disciplina. Desde que começou, inspirado pelo exemplo da mãe, Luciano nunca mais parou. Atualmente, realiza suas doações trimestrais no Banco de Sangue do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), onde mantém o compromisso ininterruptamente há seis anos.
“É algo que coloco na minha agenda no começo do ano. Não é sacrifício nenhum. Eu sou O negativo, então sei que meu sangue pode salvar qualquer pessoa em situações de emergência. Para mim, é um sentimento de dever cumprido”, afirma. O tipo O negativo é considerado doador universal, ou seja, pode ser utilizado em qualquer paciente, independentemente da tipagem sanguínea, sendo extremamente valioso para emergências.
Segundo o diretor do Serviço de Hemoterapia do HSPE, Fabio Lino, a presença reduzida desse tipo sanguíneo na população agrava o desafio dos estoques. “Apenas cerca de 15% da população possui sangue Rh negativo, e entre 8% e 9% têm o tipo O-. Isso faz com que a disponibilidade desse sangue seja sempre crítica”, explica.
Luciano Germano da Cunha, de 50 anos destaca a importância dos doadores frequentes no Brasil | Foto: Divulgação
A doação de sangue é essencial para o funcionamento dos serviços hospitalares. Uma única bolsa pode ser fracionada em até quatro componentes distintos: hemácias, plaquetas, plasma fresco congelado e crioprecipitado. Esses componentes são utilizados em tratamentos diversos, como anemias, distúrbios de coagulação e em casos de emergência médica. E o volume coletado é reposto naturalmente pelo organismo em até 24 horas.
Campanhas como o “Junho Vermelho”, em alusão ao Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado em 14 de junho, ajudam a ampliar a conscientização. Mais do que incentivar doações pontuais, a proposta dessas iniciativas é formar uma cultura de regularidade, transformando doadores ocasionais em doadores de repetição. Isso é fundamental para manter os bancos de sangue abastecidos durante todo o ano.
Para o Banco de Sangue do HSPE, a história de Luciano é exemplo de que a constância é tão vital quanto o ato de doar. Ao incorporar a doação como um hábito, ele contribui para salvar vidas e inspira outros a fazerem o mesmo.
Aviso legal
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, integral ou parcial, do conteúdo textual e das imagens deste site. Para mais informações sobre licenciamento de conteúdo, entre em contato conosco.
Últimas Notícias
As mais lidas
Ciência e Tecnologia
Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025
Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital