Economia • 20:19h • 18 de dezembro de 2024
Dólar atinge valor histórico de R$ 6,26 com incertezas no mercado financeiro
Com alta de 2,82%, moeda norte-americana fecha no maior valor nominal desde o Plano Real, e bolsa de valores sofre queda acentuada
Da Redação | Com informações da Agência Brasil | Foto: Arquivo/Âncora1

Nesta quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, o dólar comercial atingiu um marco histórico, fechando a R$ 6,267, com alta de 2,82%. Este é o maior valor nominal da moeda norte-americana desde a criação do Plano Real, em 1994, o que preocupa investidores e gera tensões no mercado financeiro. A cotação iniciou o dia em torno de R$ 6,11, mas ganhou força ao longo das negociações, principalmente após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a divulgação de resultados do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos.
A alta do dólar reflete a instabilidade econômica global e as incertezas internas, especialmente no Brasil. Uma das causas para essa disparada foi a decisão do Fed de cortar suas taxas de juros em 0,25 ponto percentual. Embora esperado, o comunicado de que o banco central dos EUA será mais cauteloso em 2025, com menos cortes no próximo ano, gerou receios. Com as taxas elevadas nos Estados Unidos, investimentos podem ser mais atraentes por lá, o que leva a uma fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. Isso pressiona ainda mais o valor da moeda norte-americana no mercado local.
Além disso, o mercado de ações também viveu um dia turbulento, com o índice Ibovespa da B3 caindo 3,15%, atingindo o menor nível desde o fim de junho. O impacto do câmbio e das incertezas fiscais internas refletiu nas bolsas brasileiras, que ainda lidam com a votação do pacote fiscal no Congresso. Na terça-feira, a Câmara dos Deputados aprovou o primeiro projeto de um pacote fiscal que visa cortar gastos, mas o futuro do restante da votação ainda gera dúvidas sobre o impacto no mercado.
Esse cenário de alta do dólar é especialmente grave para a economia brasileira, pois o valor da moeda norte-americana afeta diretamente a vida de todos. Produtos importados ficam mais caros, o que impacta desde o preço de eletrônicos até o custo de matérias-primas para indústrias. Além disso, o aumento do dólar também pode pressionar a inflação, afetando o poder de compra da população. Em termos simples, quanto mais caro o dólar, mais caros ficam os produtos que dependem de importação, e isso impacta diretamente o bolso do consumidor brasileiro.
Com o dólar batendo recordes históricos e a economia brasileira lidando com desafios fiscais, o cenário permanece instável. O Brasil precisa de respostas rápidas e eficazes para equilibrar a economia e evitar maiores danos à população. O futuro próximo, com a continuidade da votação do pacote fiscal e os desdobramentos internacionais, será decisivo para o rumo da economia brasileira.
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