Cidades • 11:23h • 02 de junho de 2025
Empresas brasileiras precisam repensar estratégias diante do envelhecimento da população
Estudo internacional revela que, em 20 anos, um terço dos brasileiros terá mais de 60 anos, e aponta a longevidade como motor de inovação e vantagem competitiva
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Gaivota Comunicação | Foto: Divulgação

A economia global está envelhecendo e o Brasil não está fora dessa equação. Segundo o novo relatório Future-Proofing the Longevity Economy, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial em parceria com o AARP, o país terá, até 2050, mais de 30% da população com 60 anos ou mais. O alerta vai além das estatísticas: para continuar relevante, o setor corporativo precisará enxergar a longevidade não apenas como um desafio demográfico, mas como uma pauta estratégica de inovação e competitividade.
O estudo revela que o fenômeno do envelhecimento populacional deve ser entendido como um motor de crescimento econômico. Até 2080, o número de pessoas com mais de 65 anos será maior do que o de crianças menores de 18 em todo o mundo. Estima-se que, só no setor de cuidados, será necessário criar 475 milhões de empregos até 2030, a fim de atender a demandas crescentes por serviços especializados, suporte médico e cuidado familiar.
Esse cenário também impõe mudanças urgentes ao ambiente corporativo. Hoje, as empresas já lidam com até cinco gerações no mesmo espaço de trabalho. E esse ambiente multigeracional exige novas formas de gestão, políticas de diversidade etária e visão ampliada sobre carreira, bem-estar e produtividade.
No Brasil, o debate sobre longevidade ainda gira em torno da previdência e da saúde pública, mas especialistas defendem uma mudança de mentalidade. Para Jurema Aguiar, especialista em governança e conselheira com atuação internacional, a longevidade precisa ser tratada como uma pauta de negócios. “Estamos diante de uma transformação estrutural. A economia precisa envelhecer bem junto com a sociedade. As empresas que se adaptarem a essa nova realidade terão vantagens competitivas duradouras”, afirma.
Ainda segundo o relatório, companhias que se antecipam a essa mudança conseguem fortalecer suas marcas, conquistar a lealdade do consumidor maduro, reter talentos experientes e acessar mercados antes negligenciados. Já aquelas que ignoram a revolução silenciosa da longevidade correm o risco de se tornarem irrelevantes em um mundo cada vez mais velho e cada vez mais exigente.
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