Responsabilidade Social • 19:31h • 24 de agosto de 2025
Empresas com práticas empáticas têm até 35% menos rotatividade de funcionários
Estudo da FGV aponta queda de até 35% nos desligamentos em companhias que adotam práticas empáticas; especialistas destacam ganhos em inovação, produtividade e fidelização de clientes
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação

Empresas que adotam uma cultura organizacional centrada na empatia têm conquistado resultados concretos tanto na retenção de talentos quanto no relacionamento com clientes. Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que organizações com práticas estruturadas de empatia registram, em média, 35% menos desligamentos. Além de manter profissionais engajados, a estratégia reflete diretamente na produtividade, na inovação e na fidelização dos consumidores.
O que a empatia muda no ambiente corporativo
De acordo com Alexandre Slivnik, especialista em excelência de serviços, vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e professor convidado do MBA da FIA/USP, o conceito não deve ser visto como abstrato. “Empatia não é apenas ouvir, é compreender o que está por trás das palavras. Um colaborador que se sente ouvido e valorizado tende a replicar essa postura no atendimento ao cliente, criando vínculos duradouros”, explica.
Slivnik reforça ainda que equipes reconhecidas e valorizadas se tornam mais inovadoras. Ele cita levantamento da Gallup segundo o qual colaboradores que recebem reconhecimento frequente são até três vezes mais engajados, o que pode gerar aumento de até 24% na rentabilidade.
Boas práticas que fortalecem a cultura empática
Entre as estratégias recomendadas para empresas que desejam consolidar uma cultura baseada em empatia, estão:
- Treinamentos práticos: simulações de situações reais ajudam equipes a desenvolver sensibilidade para necessidades explícitas e implícitas;
- Feedbacks equilibrados: valorizar comportamentos positivos de forma clara (feedforward) e alinhar com feedbacks corretivos;
- Mapeamento da jornada do cliente: identificar pontos críticos da experiência para antecipar problemas e gerar encantamento;
- Alinhamento entre propósito e cultura: integrar valores éticos e humanos no dia a dia corporativo;
- Liderança pelo exemplo: gestores atuando como mentores, ouvindo ativamente e criando ambientes de segurança psicológica;
- Valorização de pequenos gestos: lembrar datas importantes, personalizar interações e reconhecer conquistas individuais;
- Construção de confiança: base para motivação contínua, transparência e menor rotatividade.
Impacto nos resultados financeiros
Outro estudo da FGV mostra que ambientes corporativos com alto nível de confiança aumentam a produtividade em até 32% e reduzem a rotatividade em 25%. Para Slivnik, os dados reforçam que empatia e cultura organizacional são mais do que tendências: são diferenciais competitivos.
“O cliente encantado é reflexo de uma equipe encantada. Organizações que entendem isso criam uma vantagem difícil de copiar. Empatia não é modismo, é pilar de negócios sustentáveis”, conclui.
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