Saúde • 10:08h • 14 de março de 2025
Endometriose: atendimentos na atenção primária do SUS crescem 76,2% em três anos
Dor intensa durante a menstruação não é normal. No Brasil, milhões de pessoas convivem com a endometriose, uma doença crônica que pode causar dores incapacitantes e comprometer a qualidade de vida
Da Redação com informações de Agência Gov | Foto: Geovana Albuquerque/Arquivo Agência Saúde/GDF

O Sistema Único de Saúde (SUS) tem registrado um aumento significativo nos atendimentos na atenção primária relacionados ao diagnóstico da endometriose. Em 2022, foram realizados 82.693 atendimentos, número que subiu para 115.765 em 2023. Os dados preliminares de 2024 já atingem a marca de 145.744 atendimentos. Nesses três anos, o crescimento foi de aproximadamente 76,24%, refletindo uma ampliação da demanda nos serviços de saúde.
O tema tem ganhado visibilidade, mas ainda é permeado por estigmas culturais que prejudicam a identificação dos sintomas de forma qualificada e dificultam o entendimento sobre como proceder nos atendimentos e tratamento.
Na avaliação de Renata de Souza Reis, coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Mulheres, a atenção primária tem um papel importante no combate ao estigma que naturaliza a dor na experiência menstrual, por meio de ações de educação em saúde, além da correta abordagem clínica. “Esperamos que, com este evento, possamos trazer mais informações para garantir o cuidado adequado e ajudar a reduzir o tempo que essas pessoas levam para receber tratamento", ressalta.
O que é a endometriose?
A endometriose é uma doença em que células semelhantes às que revestem o útero (endométrio) crescem em outras partes do corpo, principalmente na região pélvica. Essas células respondem às variações hormonais do ciclo menstrual, podendo causar inflamação, dor e a formação de tecido cicatricial (aderências). É uma das principais doenças que afetam mulheres em idade reprodutiva e pessoas designadas com o sexo feminino ao nascer. No entanto, o diagnóstico e o tratamento ainda enfrentam grandes desafios, devido ao conhecimento limitado sobre suas causas e seu funcionamento. Estudos indicam que a identificação da doença e o início do tratamento adequado podem levar em média de 6 a 7 anos.
Os principais sinais e sintomas da endometriose incluem: cólicas menstruais intensas que não melhoram com analgésicos comuns; dor pélvica fora do período menstrual; inchaço abdominal antes e durante a menstruação; dor no fundo da vagina durante relações sexuais com penetração; e dor ao evacuar ou alterações intestinais bruscas durante a menstruação (diarreia ou constipação).
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