Saúde • 14:01h • 23 de junho de 2024
Enxaqueca e dor cervical: estudo revela impacto na força do pescoço em mulheres
Pesquisa da USP destaca a necessidade de tratamento combinado para pacientes com enxaqueca e dores cervicais crônicas
Da Redação | Com informações do Governo de SP | Foto: Débora Grossi/USP

Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) revelou que mulheres com enxaqueca e dor cervical crônica possuem, em média, 50% menos força no pescoço comparado às que não apresentam essas condições.
O levantamento, conduzido entre maio de 2023 e maio de 2024, destaca a importância de incluir a dessensibilização da região cervical no tratamento dessas pacientes, aliando medicação à fisioterapia para obter melhores resultados.
Principais achados da pesquisa
O estudo, publicado no European Journal of Pain, observou que a musculatura craniocervical dessas pacientes, especialmente os músculos esplênio e escaleno anterior, fica mais fatigada, indicando a necessidade de fortalecer essa região.
A pesquisa envolveu 100 mulheres entre 18 e 55 anos, divididas em quatro grupos: controle (sem enxaqueca e dor no pescoço), apenas dor no pescoço, enxaqueca com dor no pescoço, e enxaqueca com alodinia (sensibilidade aumentada no rosto e couro cabeludo).
Um aparelho de eletromiografia foi usado para avaliar a resistência muscular de voluntárias com e sem enxaqueca
Impacto das dores cervicais
Os dados mostram que pacientes com enxaqueca têm até 12 vezes mais dor no pescoço do que pessoas sem dores de cabeça, e essa dor está associada a uma menor resposta ao tratamento medicamentoso.
No teste de força muscular, as mulheres ficavam deitadas e eram estabilizadas com cintas não elásticas, para evitar compensações. Era solicitada, então, uma contração máxima do pescoço, também medida pelo dinamômetro
A falta de tratamento adequado pode levar à cronificação da dor, aumentando a frequência e intensidade das crises de enxaqueca.
Importância do tratamento combinado
Os pesquisadores enfatizam a necessidade de combinar medicação com fisioterapia para melhorar a força e a resistência dos músculos do pescoço, além de reduzir a sobrecarga muscular. A prática de exercícios físicos, realizada fora das crises, é recomendada para fortalecer a musculatura e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
O estudo da USP reforça a importância de abordar a dor cervical no tratamento de enxaqueca para prevenir a cronificação da dor e suas repercussões funcionais.
A combinação de fisioterapia e medicação pode proporcionar uma melhor resposta ao tratamento, contribuindo para a melhora da qualidade de vida das pacientes.
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