Educação • 11:33h • 09 de dezembro de 2024
Estresse e sobrecarga afetam a saúde dos educadores em São Paulo, aponta levantamento
Bem-estar dos profissionais da educação foi identificado como uma das maiores preocupações no setor, com destaque para a saúde precária devido à sobrecarga de trabalho
Da Redação | Com informações da Agência Brasil | Foto: Arquivo/Âncora1

A saúde dos professores em São Paulo tem sido identificada como o principal desafio da educação pública municipal. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os dados revelam que os profissionais da educação enfrentam sérios problemas de saúde devido à sobrecarga de trabalho, falta de suporte pedagógico e condições precárias de trabalho nas escolas.
O levantamento, feito com 1.535 profissionais da educação, apontou um índice de insatisfação geral de 0,42, em uma escala que vai de 0 a 1. A saúde foi o pior indicador, com uma média de 0,20. A pesquisa revelou que a maioria dos professores e gestores educacionais relataram ter adquirido estresse, ansiedade, distúrbios do sono e fadiga extrema devido à falta de apoio adequado da Secretaria Municipal de Educação (SME) e à sobrecarga de tarefas. Além disso, 93% dos entrevistados afirmaram que o trabalho impactou diretamente sua saúde.
Os dados mostram também que 83,9% dos entrevistados revelaram sentir sentimentos negativos, como angústia e desespero, diretamente relacionados ao trabalho. A falta de professores especializados e a escassez de apoio administrativo e pedagógico foram apontadas como questões críticas, refletindo a deficiência na gestão de pessoas e na formação de profissionais dentro do sistema educacional.
A pesquisa destacou ainda que a insegurança no ambiente de trabalho também é um desafio significativo, com 50% dos profissionais considerando o espaço escolar inseguro. O índice de segurança foi o melhor avaliado, com 0,62, mas ainda assim, 73% dos entrevistados apontaram a violência, assaltos e problemas relacionados ao tráfico de drogas como questões que impactam o cotidiano escolar. Esses problemas também afetam diretamente o ambiente de aprendizagem.
A análise completa da pesquisa foi encaminhada às autoridades municipais de educação, como a Secretaria Municipal de Educação e aos vereadores, para nortear as políticas públicas e ações futuras, a fim de melhorar as condições de trabalho e de saúde dos educadores, além de promover um ambiente mais seguro e eficiente para o ensino em São Paulo.
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