Educação • 14:01h • 05 de maio de 2025
Estudantes expulsos após consumo e distribuição de medicamento para disfunção erétil em sala de aula
Incidente em Floriano reforça a importância da orientação farmacêutica e alerta sobre os riscos da automedicação entre jovens
Da Redação | Com informações do CFF | Foto: Divulgação

Um episódio ocorrido em Floriano, no Piauí, gerou preocupação ao expor os perigos do uso indiscriminado de medicamentos entre jovens. Dois estudantes, com idades de 14 e 15 anos, foram expulsos de uma escola pública local após ingerirem tadalafila — um medicamento utilizado no tratamento de disfunção erétil. Durante a aula, os adolescentes diluíram o comprimido em água e consumiram a mistura. Poucas horas depois, ambos apresentaram fortes dores abdominais e necessitaram de socorro médico. Além disso, é relatado que os estudantes distribuíram o medicamento a colegas, aumentando ainda mais os riscos.
O caso traz à tona o grave problema da automedicação, especialmente entre os mais jovens. O tadalafila, embora eficaz para seu propósito de tratar disfunção erétil, tem efeitos que podem ser prejudiciais quando utilizado de maneira inadequada, incluindo hipotensão, tonturas, e até danos hepáticos. Para adolescentes, cujos corpos ainda estão em desenvolvimento, os riscos são ainda maiores. O medicamento é de venda controlada e deve ser prescrito por um médico, sendo proibido o seu uso sem a devida orientação profissional.
A importância da atuação farmacêutica
Esse incidente destaca a importância do papel dos farmacêuticos no controle e orientação sobre o uso de medicamentos. Além de assegurar que medicamentos controlados sejam corretamente dispensados, os farmacêuticos têm a responsabilidade de educar a população sobre os riscos associados ao uso indiscriminado de substâncias. "Nosso trabalho não é apenas garantir a segurança na dispensa dos medicamentos, mas também fornecer a educação necessária sobre os riscos e as interações que esses medicamentos podem ter", afirma Gustavo Pires, secretário-geral do Conselho Federal de Farmácia (CFF).
Embora a venda de tadalafila sem receita seja proibida no Brasil, falhas na fiscalização ainda persistem. O episódio de Floriano reforça a necessidade de campanhas educativas, não apenas nas farmácias, mas também em escolas, para alertar sobre os perigos da automedicação e sobre a importância de buscar orientação médica.
Falhas na fiscalização e o impacto na saúde pública
Apesar das regulamentações existentes, a falta de fiscalização rigorosa nas farmácias e a crescente busca por soluções rápidas podem continuar colocando em risco a saúde pública, especialmente a de menores de idade. O caso de Floriano é apenas um exemplo de como a falta de conhecimento pode ter consequências sérias. A sociedade precisa compreender que a saúde não é algo a ser experimentado, e que o uso de medicamentos, mesmo os vendidos legalmente, deve ser sempre feito sob orientação profissional.
Enquanto as investigações sobre o caso de Floriano seguem, o episódio serve como um alerta para pais, educadores e profissionais de saúde. O compromisso com a educação sobre o uso racional de medicamentos, incluindo o esclarecimento sobre os riscos da automedicação, é fundamental para proteger as futuras gerações e garantir que todos façam uso seguro e consciente dos medicamentos.
O episódio de Floriano, além de chamar atenção para a automedicação entre os jovens, destaca a função indispensável dos farmacêuticos na orientação e conscientização sobre o uso correto dos medicamentos. Em tempos de facilidade no acesso e no compartilhamento de informações (e desinformações), é essencial que profissionais da saúde se empenhem em educar a população sobre os perigos do uso inadequado de substâncias, promovendo, assim, uma cultura de saúde mais segura e responsável.
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