Variedades • 18:49h • 23 de agosto de 2025
Estudar mesmo sem vontade: estratégias práticas para manter regularidade
Disciplina e planejamento são aliados mais fortes do que a vontade momentânea, explica especialista
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Nova Ideia | Foto: Arquivo/Âncora1

A constância nos estudos é apontada como um dos maiores diferenciais entre candidatos que alcançam aprovação e aqueles que desistem. Um artigo publicado pela Morningside College mostrou que estudantes que se comprometem a estudar diariamente, mesmo que por períodos curtos, obtêm resultados significativamente melhores do que aqueles que dependem da motivação para iniciar. O levantamento reforça que motivação não é pré-requisito, mas sim o desenvolvimento de hábitos regulares.
Para a professora e auditora-fiscal da Receita Federal, Karine Waldrich, o segredo está em aprender a “mostrar-se presente”, independentemente do entusiasmo no momento. Ela observa que 20 minutos de estudo com foco são mais eficientes do que longas jornadas sem concentração. “A constância nasce do compromisso consigo mesmo, não da vontade repentina”, afirma.
Karine recomenda estruturar blocos de estudo diários e associá-los a gatilhos previsíveis. Isso significa, por exemplo, vincular o momento de estudo ao café da manhã, ao retorno de uma caminhada ou a uma rotina fixa do dia. Técnicas conhecidas como “planos se-então” também podem fortalecer o hábito: se for antes de dormir, revisar fichas; se for pela manhã, assistir uma aula; se for fim de semana, realizar simulados. Segundo a especialista, esse planejamento evita o desgaste de precisar decidir todos os dias o que fazer.
Monitorar o progresso é outro fator essencial. Karine defende a aplicação de provas simuladas a cada quinze dias, sempre acompanhadas de revisões antes e correções depois. “Assim conseguimos revisar conteúdos, medir desempenho e treinar em condições próximas ao concurso, algo que muitos alunos deixam de lado”, explica.
A especialista reforça ainda a importância de respeitar os ciclos do corpo. Dormir bem, manter pausas regulares e cuidar da alimentação são pilares que sustentam a atenção e a produtividade. “Sem esses fatores, até 20 minutos de estudo perdem força, porque o corpo exausto não sustenta o foco”, ressalta.
Por fim, Karine indica a prática da autorreflexão metacognitiva, com perguntas que ajudam a avaliar o próprio desempenho, como “o que me ajudou hoje a estudar?” e “o que me atrapalhou?”. Para ela, essa postura crítica ajuda a ajustar a rotina sem desistir diante das falhas inevitáveis. “Quem busca aprovação também erra, mas a diferença está em voltar quando se falha. É o velho ‘chutar o balde’ e depois ‘buscar o balde’ que faz a diferença, e não nunca falhar”, conclui.
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