Ciência e Tecnologia • 10:15h • 01 de junho de 2024
Estudo da USP revela que terapia à base de luz pode revolucionar tratamento contra bactérias resistentes
Luz no combate à resistência bacteriana: a esperança de São Carlos
Da Redação | Com informações do Governo de SP | Foto: Divulgação

Um avanço promissor surge em São Carlos, onde pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão liderando uma investigação que poderia virar o jogo no combate às bactérias resistentes.
A pesquisa, publicada na renomada revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), destaca como uma terapia à base de luz, conhecida como inativação fotodinâmica (PDI), demonstrou capacidade de diminuir a resistência de bactérias a antibióticos após cinco sessões de tratamento.
A resistência antimicrobiana é um problema global crescente, particularmente alarmante para infecções que atacam o sistema respiratório. O estudo focou na bactéria Staphylococcus aureus, comum em infecções que vão desde problemas cutâneos a condições respiratórias severas como pneumonia.
A equipe, sob a direção do físico Vanderlei Salvador Bagnato, observou que após múltiplas sessões de PDI, usando curcumina como fotossensibilizador e uma combinação de antibióticos, houve uma redução significativa na resistência das bactérias.
A terapia de inativação fotodinâmica opera através da luz que ativa o fotossensibilizador, iniciando uma reação de oxidação que pode debilitar ou destruir microrganismos. O procedimento mostrou não só potencial para diminuir a resistência bacteriana, mas também para fazer os antibióticos convencionais mais efetivos.
Esta descoberta abre portas para novas abordagens terapêuticas, como alinha-se com a necessidade urgente de novas estratégias para combater a resistência antimicrobiana, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já declarou como uma das dez principais ameaças à saúde pública global.
A pesquisa é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e reflete o comprometimento contínuo do estado em liderar inovações científicas que têm o potencial de beneficiar a população brasileira e a comunidade global. O trabalho conjunto entre a academia e instituições de pesquisa ressalta a importância de investir em ciência e tecnologia como pilares para o desenvolvimento de soluções eficazes e sustentáveis para crises de saúde pública.
Com a publicação do estudo, a comunidade científica e médica recebe um sinal de esperança de que é possível reverter a maré contra as superbactérias, que cada vez mais desafiam as opções terapêuticas disponíveis.
A expectativa é que essas descobertas inspirem mais pesquisas e levem a avanços significativos no tratamento de infecções resistentes em todo o mundo.
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