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Cultura e Entretenimento • 17:09h • 22 de fevereiro de 2025

Exposição em SP celebra 50 anos de carreira solo de Ney Matogrosso

Mostra pode ser vista a partir desta sexta no Museu da Imagem e do Som

Agência Brasil | Foto: Thereza Eugênia

Dividida em seis áreas, a exposição exibe figurinos e adereços de shows e videoclipes.
Dividida em seis áreas, a exposição exibe figurinos e adereços de shows e videoclipes.

É por entre tecidos finos e transparentes que caem do teto e paredes repletas de fotografias que o mundo de Ney Matogrosso está sendo mostrado ao público que visitar o Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo.

“Prefiro usar a expressão descobrindo Ney”, disse André Sturm, diretor do MIS e curador da nova exposição que celebra o artista Ney Matogrosso. “A escolha desses panos, desse voal, é porque o Ney, ao mesmo tempo em que é extremamente intenso no palco, é muito suave. Queria que a exposição fosse leve, mas ao mesmo tempo tivesse esse leve mistério. O Ney é esse artista que se expõe muito no palco, muitas vezes com uma tanga, mas a vida privada dele sempre foi absolutamente discreta”, afirmou o curador.

A exposição Ney Matogrosso, que entra agora em cartaz no MIS da Avenida Europa, celebra os 50 anos de carreira solo do artista, desde a edição de seu álbum solo Água do céu-pássaro, um ano após sua saída do trio Secos & Molhados, em agosto de 1974. A mostra foi dividida em seis eixos, fazendo um percurso cronológico pela obra do artista.

“Quisemos trazer para o público a emoção que é Ney Matogrosso”, descreveu Sturm. “O Ney é um artista que tem uma personalidade muito particular. Ele muda o jeito, muda o figurino, muda a luz do show. Todos os discos que gravou, ele gravou pensando no show”, ressaltou.

A exposição privilegia a carreira de Ney, mantendo a privacidade que o cantor sempre manteve sobre sua vida pessoal. “A gente focou no Ney Matogrosso que as pessoas conhecem e admiram. Claro, aqui elas vão conhecer mais disso, elas vão ver mais fotos, vão ver shows.”, falou Sturm.

A mostra

Dividida em seis áreas, a exposição exibe figurinos e adereços de shows e videoclipes, além de documentos, capas de álbuns, pôsteres e CDs. Há ainda trechos de uma entrevista concedida por Ney Matogrosso ao programa Notas Contemporâneas, do MIS, na ocasião dos 45 anos do museu. O destaque, no entanto, são as centenas de fotografias emblemáticas de todas as fases do artista em obras de Madalena Schwartz, Thereza Eugênia, Ary Brandi e Daryan Dornelles.

“Tivemos a sorte de que o Ney guardou o acerto e cuidou do seu acervo. E aí decidiu doá-lo para o Senac, que abriu as portas para a gente. Então temos aqui praticamente figurinos de todos os shows que ele fez. Temos objetos, capas de disco e, principalmente, os figurinos e fotografias”, disse o curador.

O Senac São Paulo detém toda a coleção de indumentárias de Ney Matogrosso, que foi cedida pelo próprio artista para manutenção e guarda na instituição. Ao longo dos últimos anos, o Senac organizou pequenas exibições, com itens selecionados em diversas de suas unidades no estado de São Paulo. Mas, na exposição do MIS, é a primeira vez que a coleção poderá ser vista em sua integridade, com mais de 200 itens que vão de calçados a adereços de cabeça.

Já os textos que permeiam a exposição foram escritos pelo jornalista Julio Maria, autor do livro Ney Matogrosso – A biografia, lançado em 2021. “O Ney Matogrosso nasce e perpassa todos os dilemas de cinco décadas ou seis décadas ereto, de cabeça levantada, quer dizer ele não cai em nenhuma armadilha que todas essas décadas colocaram para ele. A perseguição dos militares, a aids, a demonização que veio com a aids sobre a expressão do corpo e da liberdade sexual, a revolução tecnológica do CD e depois do streaming - tudo isso poderia tê-lo enterrado muitas vezes”, disse o biógrafo. No entanto, ressaltou, Ney nunca ficou no ostracismo. “Não teve um ano em que ele deixou de lançar um disco”.

Para o biógrafo do artista, essa nova exposição no MIS pode ser definida com apenas uma palavra: liberdade. “Ney nasceu na fronteira entre Paraguai e Brasil. E se você perceber, é na fronteira que as coisas se misturam: as pessoas falam dois idiomas, as comidas se misturam, os cheiros se misturam e a música se mistura. E o Ney é isso. A fronteira onde as coisas se misturam está dentro dele. Então, para mim, ele tem esse transbordamento de fronteiras o tempo todo”, afirmou Maria.

“Acho que é por isso que o Ney tem 50 anos de carreira. Poucos artistas infelizmente chegam a 50 anos de carreira fazendo o sucesso que ele faz. Isso tem a ver com autenticidade, com ele ter sido provocador, sempre entregar uma experiência incrível para todo o seu público”, observou Sturm.

O MIS tem entrada gratuita às terças-feiras e também na terceira quarta-feira de cada mês. Mais informações sobre a exposição podem ser obtidas no site da mostra.

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