• Unesp é reconhecida como a melhor universidade do mundo no apoio ao desenvolvimento sustentável
  • Região de Ourinhos lidera número de municípios inscritos nos Jogos Regionais 2025
  • Trump anuncia ataque a usinas nucleares do Irã e promete novas ofensivas caso haja reação
Novidades e destaques Novidades e destaques

Saúde • 09:23h • 29 de abril de 2025

Falta de diagnóstico é obstáculo para eliminação da malária no Brasil

Meta é pôr fim à transmissão da doença no país até 2035

Agência Brasil | Foto: Portal Biologia/divulgação

A malária é causada por protozoários do gênero plasmodium, transmitidos a partir da picada do mosquito Anopheles, popularmente chamado de mosquito-prego.
A malária é causada por protozoários do gênero plasmodium, transmitidos a partir da picada do mosquito Anopheles, popularmente chamado de mosquito-prego.

Um dos grandes entraves para a eliminação da malária é a falta de diagnóstico adequado, alerta o chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária da Fundação Oswaldo Cruz, Claudio Tadeu Daniel-Ribeiro. Na última sexta-feira (25), por ocasião do Dia Mundial da Malária, o Ministério da Saúde divulgou que os casos comprovados da doença caíram 26,8% entre janeiro e março deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Ainda assim, foram 25.473 registros em apenas três meses.

Daniel-Ribeiro compõe o comitê de especialistas que assessora o governo federal nas ações de controle da doença e considera que as metas de reduzir em 90% os novos casos até 2030 e eliminar a transmissão no país até 2035 são factíveis, desde que a vigilância seja fortalecida em todo o Brasil.

"Embora 99% dos casos de malária ocorram na Amazônia, o mosquito transmissor da doença vive em 80% do território nacional. Então, a malária é um problema fora da Amazônia também, porque hoje as pessoas têm grande facilidade para se locomover, inclusive da Amazônia para a área extra-amazônica, ou vindo de outras áreas endêmicas, como a África, pro Brasil", reforça o imunologista.

A malária é causada por protozoários do gênero plasmodium, transmitidos a partir da picada do mosquito Anopheles, popularmente chamado de mosquito-prego. Um viajante infectado pode demorar até 30 dias para manifestar sintomas e se tornar uma fonte de novas infecções, ao ser picado por fêmeas do mosquito, que vão sugar o protozoário junto com o sangue, e transmiti-lo para outras pessoas.

Além disso, pessoas infectadas pela primeira vez tendem a desenvolver quadros mais graves, com chance maior de morte, por não terem nenhuma imunidade contra a doença. Por isso, Daniel-Ribeiro reforça a importância do diagnóstico adequado:

"É preciso que os médicos fora da Amazônia tenham consciência de que um sujeito com febre, dor de cabeça, sudorese e calafrios, pode ter malária".

Quase todos os casos registrados no Brasil são causados por duas espécies de Plasmodium, a vivax e a falciparum. A primeira tem maior potencial de infecção, e responde por 80% dos casos, mas a segunda representa maior risco de morte. Antes de eliminar totalmente a transmissão, o Brasil também espera acabar com as infecções pelo Plasmodium falciparum até 2030.

O especialista da Fiocruz explica que a pessoa infectada pelo plasmodium vivax já pode transmitir a doença a partir do primeiro dia, enquanto aquela infectada por falciparum só desenvolverá a forma infecciosa do protozoário após sete dias de contaminação.

"Então, se você tratar rapidamente a malária, você não deixa aquele indivíduo infectar novos mosquitos. Mas se não fizer o diagnóstico rápido e não correr para a região onde ele foi infectado para fazer ações de bloqueio de transmissão, você pode ter um novo surto ou até a reimplantação da malária em um lugar onde ela já foi eliminada", ele complementa.

Hoje em dia, os serviços de saúde contam com remédios bastante eficazes para tratar a malária e interromper a cadeia de transmissão, além de testes de diagnóstico rápido, que podem ser realizados com apenas uma gota de sangue. Mas, há um grande desafio no horizonte: as mudanças climáticas.

"A gente eliminou muito mais rapidamente a malária na Europa e na América do Norte, também porque o mosquito e o próprio plasmodium tem uma sensibilidade maior ao clima temperado. Então, se você aquecer demais a temperatura, a gente pode ter a reimplatação da malária em áreas onde ela já foi eliminada. E não há dúvida nenhuma que as alterações climáticas podem facilitar o desenvolvimento e o aumento da transmissão em áreas onde a doença ainda existe, porque as condições ambientais vão dificultar o controle do mosquito"

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Cidades • 16:50h • 22 de junho de 2025

Posto de autoatendimento da Energisa muda de endereço em Palmital a partir de segunda-feira

Novo espaço funcionará na MX Móveis e Eletro com suporte presencial para clientes durante quatro horas por dia

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 16:22h • 22 de junho de 2025

Amor em clima de viagem: os destinos mais românticos

Serra, praia, friozinho ou calor do Nordeste? Só não vale deixar o amor em casa!

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 15:44h • 22 de junho de 2025

SP lança programa RefaunaSP para proteger animais silvestres

Programa marca nova fase na restauração da biodiversidade, com governança interinstitucional e base científica

Descrição da imagem

Educação • 15:06h • 22 de junho de 2025

Unesp é reconhecida como a melhor universidade do mundo no apoio ao desenvolvimento sustentável

Instituição lidera ranking internacional no ODS 9 da ONU, que avalia inovação, infraestrutura resiliente e industrialização sustentável

Descrição da imagem

Saúde • 14:31h • 22 de junho de 2025

Exercícios revertem até 20 anos de envelhecimento do coração após os 50

Estudo da Circulation mostra que programa aeróbico intensivo reverte rigidez cardíaca, levando coração de sedentários à “idade” de 30 anos

Descrição da imagem

Saúde • 14:03h • 22 de junho de 2025

Mistura de remédios pode anular tratamentos e causar reações graves, alerta farmacêutica

Automedicação e uso simultâneo de medicamentos e suplementos elevam o risco de interações perigosas; orientação profissional é fundamental

Descrição da imagem

Saúde • 13:36h • 22 de junho de 2025

Governo de SP apoia vacina terapêutica contra doenças ligadas ao HPV

Com apoio do PIPE-FAPESP, startup paulista desenvolveu uma molécula capaz de estimular o sistema imunológico para combater câncer causado pelo papilomavírus humano

Descrição da imagem

Cidades • 13:05h • 22 de junho de 2025

Rede Lucy Montoro abre unidade em Presidente Prudente com atendimento gratuito pelo SUS

Com investimento de R$ 25,9 milhões, centro será referência em reabilitação física, auditiva e visual para 45 municípios da região

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?