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Responsabilidade Social • 14:51h • 28 de abril de 2025

Feminicídio: o que a psicanálise revela sobre a destruição da capacidade de elaboração emocional

Psicanalistas explicam que o feminicídio vai além da violência física, revelando uma crise simbólica e cultural nas relações de gênero

Da Redação | Com informações da Baronesa RP | Foto: Divulgação

Estudo revela que feminicídios expõem falência das referências culturais de masculinidade
Estudo revela que feminicídios expõem falência das referências culturais de masculinidade

O Brasil registrou, em 2024, 1.450 feminicídios, o maior número desde a tipificação do crime, com uma mulher sendo assassinada a cada 6 horas. No Rio Grande do Sul, 72 mulheres foram vítimas desse tipo de violência, e os números continuam crescendo. Contudo, as estatísticas por si só não explicam a gravidade do problema. Para a psicanalista Camila Camaratta, o feminicídio vai além da violência física. Ele é um sintoma de uma crise simbólica profunda nas relações entre os gêneros e nas estruturas de masculinidade.

A pesquisa de Camaratta, publicada em um estudo recente, aponta que a incapacidade de simbolizar emoções e conflitos no campo das relações afetivas e de gênero está por trás de muitos casos de feminicídios. "Quando o sujeito não consegue elaborar sua dor ou frustração, ele parte para o ato destrutivo", explica. O comportamento, muitas vezes, reflete uma falha na construção de referências sobre o que significa ser homem ou mulher, criando um ambiente onde o feminino é visto como uma ameaça que deve ser eliminado.

Os fatores que contribuem para essa violência não se limitam ao comportamento de um indivíduo, mas envolvem uma rede de normas patriarcais enraizadas, comportamentos de posse, ciúmes patológicos e uma sociedade que ainda tolera a agressão como forma de resolver disputas de poder. A psicanalista observa que, ao longo dos anos, a rigidez nas expectativas de masculinidade, que associam poder e controle à identidade masculina, contribui para a violência, com muitos homens sentindo a necessidade de reaver o controle a qualquer custo.

Com o uso de substâncias, como álcool, e o histórico de violência na infância, o cenário de risco é agravado, mas, como destaca Camaratta, "nem a bebida nem o uso de drogas podem ser desculpas para a violência". A psicanalista explica que os impulsos destrutivos, sem uma mediação simbólica adequada, se tornam ações brutais. Além disso, o uso da "legítima defesa da honra", utilizado por muitos acusados, só reforça o estigma social e judicial que ainda permeia a questão.

A necessidade de mudança cultural e de uma nova narrativa sobre a masculinidade também é enfatizada por Camila Camaratta, que cita o trabalho da historiadora e psicanalista Élisabeth Roudinesco. Para Roudinesco, a queda das estruturas de autoridade patriarcais deixou um vazio simbólico que não foi preenchido por novas formas de subjetivação, resultando em sujeitos desorientados e vulneráveis.

É urgente, portanto, uma mudança nas formas de ver e tratar as mulheres na sociedade. "Precisamos ver a mulher não como ameaça, mas como interlocutora legítima em um mundo mais plural e menos violento", conclui Camaratta, destacando que escutar os sintomas e dar voz a essas questões são passos fundamentais para transformar o cenário atual e, assim, reduzir a violência contra as mulheres.

O debate sobre feminicídio e seus desdobramentos exige ações concretas no campo da educação, da cultura e da política pública, para que o Brasil não apenas diminua os números, mas, principalmente, transforme a cultura que permite que tais crimes aconteçam.

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