• Black Friday: fraudes dobram na madrugada e millennials são os principais alvos
  • Veterinário esclarece: é possível ter um animal vegetariano, mas não vegano
  • Chamamento Público da Cultura de Assis encerra inscrições nesta sexta-feira
Novidades e destaques Novidades e destaques

Responsabilidade Social • 11:05h • 10 de agosto de 2024

Fenômenos naturais põem em risco de extinção quase 4 mil espécies

Total representa cerca de 11% de vertebrados terrestres

Agência Brasil | Foto: Arquivo

As espécies ameaçadas representam cerca de 11% do universo de 34.035 analisadas
As espécies ameaçadas representam cerca de 11% do universo de 34.035 analisadas

A ocorrência de quatro fenômenos naturais extremos -terremotos, tsunamis, furacões e erupções vulcânicas - coloca 3.722 espécies de vertebrados terrestres em risco de extinção. A conclusão é de um grupo de 26 pesquisadores de 17 instituições do Brasil e de outros países.

As espécies ameaçadas representam cerca de 11% do universo de 34.035 analisadas. Foram consideradas ameaçadas espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios que têm ocorrência restrita ou populações com poucos indivíduos em idade reprodutiva, cuja distribuição geográfica inclui áreas historicamente sujeitas a terremotos, vulcanismo, furacões e tsunamis.

O estudo analisou, ainda, espécies que têm pelo menos um quarto de sua distribuição em áreas de alto risco relativo de impacto por esses fenômenos naturais. Duas mil e uma espécies foram incluídas nessa categoria e consideradas sob alto risco de extinção.

Entre as classes de vertebrados, a mais ameaçada é a dos répteis, que inclui serpentes, lagartos, tartarugas e crocodilianos, com 834 espécies em alto risco de extinção. Em seguida, aparecem os anfíbios (sapos, rãs e salamandras), com 617; aves (302); e mamíferos (248).

Quando analisados os fenômenos que mais ameaçam as espécies, os destaques são os furacões (983 das espécies com alto risco) e terremotos (868 das espécies com alto risco). As ameaças impostas por tsunamis e vulcões são bem menores: 272 e 171 das espécies em alto risco, respectivamente.

Sem proteção

“Nossos resultados mostraram que 30% das espécies que foram classificadas como alto risco não estão protegidas. Não estão em áreas protegidas, em unidades de conservação e também não têm plano de conservação específica. E esse resultado é bem preocupante”, afirma a pesquisadora do Instituto Tecnológico Vale (ITV-DS) e da Universidade de São Paulo (USP), Carolina Carvalho, uma das autoras da pesquisa.

A região do Círculo do Fogo, no Pacífico, tem as espécies mais ameaçadas por vulcões, terremotos e tsunamis. Os furacões ameaçam mais os animais do Mar do Caribe, Golfo do México e do noroeste do Pacífico. As ilhas abrigam 70% das espécies sob ameaça de fenômenos naturais estudados.

Entre as espécies ameaçadas estão o panda (Ailuropoda melanoleuca), o rinoceronte-de-Java (Rhinocerus sondaicus) e uma espécie de tartaruga de Galápagos (Chelonoidis donfaustoi).

Como os fenômenos naturais estudados não costumam ocorrer no Brasil, o impacto no país é pequeno. Segundo Carolina Carvalho, apenas duas espécies brasileiras endêmicas foram identificadas como altamente ameaçadas, o lagarto-da-areia (Liolaemus lutzae), encontrado nas praias do Rio de Janeiro, e a rã-grilo-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus cambaraensis), vista no sul do país.

“No Brasil, há poucas espécies em risco de extinção por conta dessa baixa ocorrência de fenômenos naturais que a gente tem aqui no país. O lagarto-da-areia foi classificado em risco de extinção por tsunami por causa de um tsunami de baixa magnitude, que atingiu a costa em 2004. A rã-grilo-de-barriga-vermelha foi classificada em risco de extinção devido a furacões, por causa de um furacão também de baixa magnitude que ocorreu naquele mesmo ano, em 2004”, explica Carolina.

Furacões

Para a pesquisadora, a proteção de populações de animais ameaçados por furacões e tsunamis envolve a conservação do habitat. “As barreiras naturais como os mangues, as dunas e os recifes de corais são importantes para proteger essas áreas durante impactos de furacões e tsunamis”, salienta.

Ela explica que criar áreas de conservação e conectar fragmentos de vegetação nativa são ações que podem ampliar a área de distribuição dessas espécies.

“Alguns eventos naturais como as erupções vulcânicas podem ser tão graves que nenhuma dessas intervenções de conservação in situ [ou seja, no próprio habitat] pode ajudar a salvar essas espécies. Nesse caso, a conservação ex situ [ou seja, fora do habitat], por exemplo, estabelecendo programas de cativeiro ou translocando populações para outras áreas que também são adequadas para elas pode ser uma medida de manejo que precisa ser avaliada”, opina Carolina.

O estudo não analisou possíveis efeitos das mudanças climáticas, mas, segundo a pesquisadora, fenômenos influenciados pelo clima, como os furacões, estão aumentando em frequência e magnitude. “Apesar de esses impactos ainda serem desconhecidos, é provável que eles sejam muito significativos na biodiversidade”, observa.

Além de cientistas da USP e do ITV-DS, participaram do estudo pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) e da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), além de instituições de Moçambique, Dinamarca, Suécia, Holanda, Suíça, Espanha, Reino Unido, Singapura, Austrália, Canadá e Estados Unidos.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Economia • 19:29h • 04 de novembro de 2025

Black Friday: fraudes dobram na madrugada e millennials são os principais alvos

Em 2024, foram evitadas 32,4 mil tentativas de golpe, que poderiam gerar R$ 51,8 milhões em prejuízos; Sudeste concentrou maior volume de ataques e Norte liderou em proporção de fraudes

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 18:37h • 04 de novembro de 2025

Biodiversidade em risco: atualização da IUCN expõe colapso das populações de aves

Mais da metade das espécies de aves no mundo está em queda populacional, segundo relatório; SAVE Brasil destaca papel do país na agenda internacional de conservação

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 17:38h • 04 de novembro de 2025

Tobias Barreiros se apresenta nesta terça-feira na Feira da Noite em Assis

Evento acontece no Espaço Coberto “André Francisco de Assis”, na Praça da Bandeira, com show de Tobias Barreiros a partir das 19h

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 17:02h • 04 de novembro de 2025

Produção artesanal de queijos cresce em São Paulo e ganha impulso com o lançamento das Rotas do Queijo

O estado de São Paulo se consolida como um dos principais polos da queijaria brasileira, com aumento de 300% no número de produtores artesanais desde 2022 e o lançamento das Rotas do Queijo Paulista. A iniciativa do governo estadual une gastronomia, turismo e cultura, valorizando a tradição rural e fortalecendo a economia local.

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 16:39h • 04 de novembro de 2025

Piracema tem início e proíbe pesca até fevereiro de 2026 em Florínea

Período de reprodução dos peixes exige respeito às regras ambientais e reforça a importância da pesca consciente

Descrição da imagem

Mundo • 16:03h • 04 de novembro de 2025

Quando o paciente diz “não”: o que acontece se recusar ser levado ao hospital pelo SAMU

Médico alerta que a recusa consciente exige responsabilidade e pode esconder emergências graves, como infarto e AVC

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 15:50h • 04 de novembro de 2025

Tarumã se prepara para o Conecta Todos 2025 nos dias 17 e 18 de novembro

Evento será realizado no Centro Cultural Celso Rodrigues dos Santos e discutirá inovação, desenvolvimento e oportunidades locais

Descrição da imagem

Saúde • 15:15h • 04 de novembro de 2025

Sutiã faz bem ou mal à saúde? Especialista esclarece mitos e verdades

Médico explica quando o uso da peça é realmente necessário e reforça que o conforto deve ser a prioridade no dia a dia

As mais lidas

Mundo

Todos os paulistanos são paulistas, mas nem todos os paulistas são paulistanos; entenda

Termos que definem identidade e pertencimento no Estado de São Paulo

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?