• Troféu Mulher Inspiradora “Dra. Ana Barbosa” acontece dia 21 de outubro na ACIA
  • 1º lote de convites para a 9ª Queima do Alho é liberado com valor promocional de R$ 45
  • Inscrições para Qualifica SP em Assis e Cândido Mota se encerram nesta quarta-feira (15)
Novidades e destaques Novidades e destaques

Responsabilidade Social • 11:05h • 10 de agosto de 2024

Fenômenos naturais põem em risco de extinção quase 4 mil espécies

Total representa cerca de 11% de vertebrados terrestres

Agência Brasil | Foto: Arquivo

As espécies ameaçadas representam cerca de 11% do universo de 34.035 analisadas
As espécies ameaçadas representam cerca de 11% do universo de 34.035 analisadas

A ocorrência de quatro fenômenos naturais extremos -terremotos, tsunamis, furacões e erupções vulcânicas - coloca 3.722 espécies de vertebrados terrestres em risco de extinção. A conclusão é de um grupo de 26 pesquisadores de 17 instituições do Brasil e de outros países.

As espécies ameaçadas representam cerca de 11% do universo de 34.035 analisadas. Foram consideradas ameaçadas espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios que têm ocorrência restrita ou populações com poucos indivíduos em idade reprodutiva, cuja distribuição geográfica inclui áreas historicamente sujeitas a terremotos, vulcanismo, furacões e tsunamis.

O estudo analisou, ainda, espécies que têm pelo menos um quarto de sua distribuição em áreas de alto risco relativo de impacto por esses fenômenos naturais. Duas mil e uma espécies foram incluídas nessa categoria e consideradas sob alto risco de extinção.

Entre as classes de vertebrados, a mais ameaçada é a dos répteis, que inclui serpentes, lagartos, tartarugas e crocodilianos, com 834 espécies em alto risco de extinção. Em seguida, aparecem os anfíbios (sapos, rãs e salamandras), com 617; aves (302); e mamíferos (248).

Quando analisados os fenômenos que mais ameaçam as espécies, os destaques são os furacões (983 das espécies com alto risco) e terremotos (868 das espécies com alto risco). As ameaças impostas por tsunamis e vulcões são bem menores: 272 e 171 das espécies em alto risco, respectivamente.

Sem proteção

“Nossos resultados mostraram que 30% das espécies que foram classificadas como alto risco não estão protegidas. Não estão em áreas protegidas, em unidades de conservação e também não têm plano de conservação específica. E esse resultado é bem preocupante”, afirma a pesquisadora do Instituto Tecnológico Vale (ITV-DS) e da Universidade de São Paulo (USP), Carolina Carvalho, uma das autoras da pesquisa.

A região do Círculo do Fogo, no Pacífico, tem as espécies mais ameaçadas por vulcões, terremotos e tsunamis. Os furacões ameaçam mais os animais do Mar do Caribe, Golfo do México e do noroeste do Pacífico. As ilhas abrigam 70% das espécies sob ameaça de fenômenos naturais estudados.

Entre as espécies ameaçadas estão o panda (Ailuropoda melanoleuca), o rinoceronte-de-Java (Rhinocerus sondaicus) e uma espécie de tartaruga de Galápagos (Chelonoidis donfaustoi).

Como os fenômenos naturais estudados não costumam ocorrer no Brasil, o impacto no país é pequeno. Segundo Carolina Carvalho, apenas duas espécies brasileiras endêmicas foram identificadas como altamente ameaçadas, o lagarto-da-areia (Liolaemus lutzae), encontrado nas praias do Rio de Janeiro, e a rã-grilo-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus cambaraensis), vista no sul do país.

“No Brasil, há poucas espécies em risco de extinção por conta dessa baixa ocorrência de fenômenos naturais que a gente tem aqui no país. O lagarto-da-areia foi classificado em risco de extinção por tsunami por causa de um tsunami de baixa magnitude, que atingiu a costa em 2004. A rã-grilo-de-barriga-vermelha foi classificada em risco de extinção devido a furacões, por causa de um furacão também de baixa magnitude que ocorreu naquele mesmo ano, em 2004”, explica Carolina.

Furacões

Para a pesquisadora, a proteção de populações de animais ameaçados por furacões e tsunamis envolve a conservação do habitat. “As barreiras naturais como os mangues, as dunas e os recifes de corais são importantes para proteger essas áreas durante impactos de furacões e tsunamis”, salienta.

Ela explica que criar áreas de conservação e conectar fragmentos de vegetação nativa são ações que podem ampliar a área de distribuição dessas espécies.

“Alguns eventos naturais como as erupções vulcânicas podem ser tão graves que nenhuma dessas intervenções de conservação in situ [ou seja, no próprio habitat] pode ajudar a salvar essas espécies. Nesse caso, a conservação ex situ [ou seja, fora do habitat], por exemplo, estabelecendo programas de cativeiro ou translocando populações para outras áreas que também são adequadas para elas pode ser uma medida de manejo que precisa ser avaliada”, opina Carolina.

O estudo não analisou possíveis efeitos das mudanças climáticas, mas, segundo a pesquisadora, fenômenos influenciados pelo clima, como os furacões, estão aumentando em frequência e magnitude. “Apesar de esses impactos ainda serem desconhecidos, é provável que eles sejam muito significativos na biodiversidade”, observa.

Além de cientistas da USP e do ITV-DS, participaram do estudo pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) e da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), além de instituições de Moçambique, Dinamarca, Suécia, Holanda, Suíça, Espanha, Reino Unido, Singapura, Austrália, Canadá e Estados Unidos.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 09:43h • 15 de outubro de 2025

SP abre inscrições para voluntariado no Summit SP+Verde

São 42 vagas destinadas a estudantes e recém-formados; selecionados terão alimentação, ajuda de custo para transporte e acesso a espaços exclusivos de apoio durante o evento, que ocorrerá nos dias 4 e 5 de novembro no Parque Villa-Lobos

Descrição da imagem

Saúde • 09:20h • 15 de outubro de 2025

Brasil recebe novo lote de remédio para tratar câncer de mama no SUS

Nesta primeira remessa, chegaram 11.978 unidades do remédio

Descrição da imagem

Economia • 08:57h • 15 de outubro de 2025

Nova função Pix Automático entrou em operação na última segunda-feira

Nova modalidade substitui débito automático e boletos

Descrição da imagem

Educação • 08:28h • 15 de outubro de 2025

Fatecs de SP têm vagas para mais de 100 cursos gratuitos de Ensino Superior

Candidato deve ser inscrever no Vestibular pela internet, até 7 de novembro; as 98 Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo oferecem 20.375 vagas para o primeiro semestre de 2026

Descrição da imagem

Educação • 08:08h • 15 de outubro de 2025

PUCRS oferece 10 cursos gratuitos para professores em comemoração ao Mês do Educador

Iniciativa reconhece o papel dos docentes e disponibiliza formações online em tecnologia, inclusão, desenvolvimento infantil e inteligência artificial

Descrição da imagem

Saúde • 07:37h • 15 de outubro de 2025

Saiba como é feita a análise que detecta intoxicação por metanol em SP

Da coleta rápida nas unidades de saúde à análise em laboratório da USP, processo dá agilidade e precisão na confirmação de casos suspeitos

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 19:42h • 14 de outubro de 2025

Canabidiol ganha destaque em Saúde Mental como aliado no tratamento de ansiedade e depressão

Estudos apontam que o CBD pode auxiliar no tratamento de ansiedade e depressão, ampliando as estratégias de cuidado com o bem-estar emocional

Descrição da imagem

Variedades • 18:33h • 14 de outubro de 2025

Cresce interesse por feedback: buscas sobre o tema somam 2,9 milhões em um ano

Levantamento mostra aumento expressivo nas pesquisas sobre como dar, receber e aplicar feedbacks no trabalho e na vida pessoal

As mais lidas

Mundo

Todos os paulistanos são paulistas, mas nem todos os paulistas são paulistanos; entenda

Termos que definem identidade e pertencimento no Estado de São Paulo

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?