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Responsabilidade Social • 16:31h • 25 de dezembro de 2025

Festas de fim de ano expõem impacto da solidão na saúde da população idosa

Estudos apontam impacto direto na saúde mental e física; especialistas destacam a importância da convivência, especialmente no Natal e no fim de ano

Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1

Solidão entre idosos se torna alerta de saúde pública e ganha força no período de festas
Solidão entre idosos se torna alerta de saúde pública e ganha força no período de festas

O sentimento de solidão entre pessoas idosas tem sido cada vez mais reconhecido como um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Pesquisas recentes mostram que o isolamento social afeta de forma profunda a saúde emocional e física dessa população, um quadro que tende a se agravar em períodos como o Natal e as festas de fim de ano, quando a expectativa de convivência contrasta com a ausência de vínculos.

Um estudo publicado em maio deste ano nos Cadernos de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz em parceria com a Universidade Federal de São Paulo, revelou que todos os idosos entrevistados relataram algum tipo de sofrimento psíquico, como depressão, ansiedade, angústia, medo ou pensamentos recorrentes de morte. A maioria afirmou sentir-se isolada, invisível e, em alguns casos, como um fardo para a própria família.

Os pesquisadores apontam que convivência limitada, falta de escuta ativa e redução da autonomia são fatores que agravam o quadro. Para muitos idosos, a solidão vai além da ausência de companhia física, ela se traduz na sensação de não pertencer, de não ser ouvido e de não fazer diferença para ninguém.

Dados nacionais reforçam o alerta

O cenário é confirmado pelo Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), conduzido pela Universidade Estadual de Campinas e publicado em 2023. De acordo com o levantamento, que ouviu 7.957 participantes, 16,8% dos idosos relataram sentir solidão com frequência, enquanto 31,7% disseram vivenciar esse sentimento ocasionalmente.

O estudo também apontou que idosos que se sentem sozinhos apresentam até quatro vezes mais chances de desenvolver sintomas depressivos, o que reforça a relação direta entre isolamento social e adoecimento mental.

Segundo a psiquiatra Danielle Admoni, supervisora da residência de Psiquiatria da Unifesp e especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria, a terceira idade costuma ser marcada por perdas sucessivas. “Há perdas de familiares e amigos, além de mudanças físicas e redução da qualidade geral da saúde. Tudo isso pode desencadear ou agravar problemas de saúde mental. Sabemos que a presença de pessoas próximas melhora significativamente os indicadores de bem-estar psicológico, por isso é fundamental não deixar os idosos sozinhos”, afirma.

Impactos que vão além da saúde mental

A solidão prolongada também traz consequências físicas relevantes. Estudos internacionais publicados em 2024 apontam que o isolamento crônico pode aumentar em até 56% o risco de acidente vascular cerebral e em até 40% o risco de desenvolvimento de demência. Pesquisas divulgadas na revista Nature Mental Health, da Universidade do Estado da Flórida, e na eClinicalMedicine, com participação de pesquisadores de Harvard e da Universidade da Califórnia, reforçam que a solidão tem efeitos sistêmicos no organismo de idosos.

Esses dados ajudam a explicar por que o tema tem ganhado atenção crescente de profissionais de saúde e gestores públicos, especialmente em épocas do ano em que o convívio social costuma ser valorizado.

Natal e fim de ano ampliam a sensação de isolamento

Especialistas alertam que datas comemorativas, como o Natal e o Ano Novo, podem intensificar sentimentos de solidão entre idosos que vivem sozinhos ou têm pouco contato familiar. Enquanto parte da população celebra em grupo, muitos enfrentam o silêncio, a ausência de visitas e a ruptura de laços, o que pode agravar quadros de tristeza e sofrimento psíquico.

Para Danielle Admoni, a convivência é o principal fator de proteção. “É importante que o idoso tenha uma vida ativa, pratique atividade física, mantenha uma rotina de sono adequada e uma alimentação saudável. Mas o principal fator de proteção continua sendo a convivência com outras pessoas”, destaca.

Caminhos possíveis para enfrentar o problema

A boa notícia, segundo os especialistas, é que há estratégias eficazes para reduzir a solidão. Participação em grupos de convivência, atividades culturais e comunitárias, fortalecimento das redes familiares e acesso a profissionais que ofereçam escuta ativa são medidas comprovadamente protetoras.

Além disso, pesquisadores defendem políticas públicas estruturadas que incentivem a integração social e a criação de redes de cuidado, especialmente para idosos em situação de maior vulnerabilidade. Em períodos como o fim de ano, pequenos gestos, visitas, ligações, convites para refeições ou atividades simples, podem ter impacto significativo na saúde e na qualidade de vida dessa população.

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