Cultura e Entretenimento • 18:29h • 22 de setembro de 2025
Filme “Toque Familiar” debate sobre Alzheimer e reforça importância do diagnóstico precoce
Produção premiada no Festival de Veneza chega ao Brasil retratando desafios da doença; especialistas destacam avanços científicos e necessidade de cuidado integral
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Bowler Assessoria | Foto: Divulgação/Redes Sociais

O Alzheimer, uma das doenças neurológicas mais desafiadoras, tem ganhado cada vez mais espaço não apenas nos consultórios, mas também no cinema. Após títulos como Para Sempre Alice (2014) e O Pai (2019), a produção Toque Familiar (2024), aplaudida no Festival de Veneza, acaba de estrear no Brasil. O filme, protagonizado por Kathleen Ann Chalfant, acompanha a trajetória de uma mulher diagnosticada com Alzheimer, retratando as perdas de memória e a importância dos vínculos afetivos no processo de cuidado.
Para o neurologista Diogo Haddad, coordenador do núcleo da memória do Alta Diagnósticos, a obra traduz a realidade enfrentada por milhares de famílias. “Toque Familiar nos lembra que o Alzheimer não é apenas uma doença da memória: ele transforma histórias de vida inteiras, desafiando lembranças, afetos, vínculos e a própria identidade. Ao retratar a doença de maneira tão próxima e humana, o filme amplia a consciência da sociedade sobre essa jornada”, afirma.
Fora das telas, os avanços na ciência têm trazido novas perspectivas. Entre eles está o medicamento com a molécula Kisunla, recentemente aprovado no Brasil e já disponível na rede Dasa, por meio do Alta Diagnósticos. O tratamento promete retardar a progressão da doença, oferecendo mais tempo de qualidade aos pacientes.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,2 milhão de brasileiros convivem hoje com Alzheimer, número que tende a aumentar com o envelhecimento da população. A enfermidade compromete progressivamente memória, autonomia e identidade, impactando não apenas o paciente, mas também toda a rede de cuidados familiares.
Segundo Haddad, a atenção à saúde cognitiva deve começar cedo, com anamnese detalhada, exames de sangue, avaliações de risco e, quando necessário, exames de imagem. “O diagnóstico precoce é a chave para oferecer qualidade de vida e preservar ao máximo a autonomia do paciente”, reforça.
Sinais de alerta para o Alzheimer
- Esquecimentos frequentes que atrapalham atividades cotidianas;
- Dificuldade em lembrar nomes de pessoas próximas ou eventos recentes;
- Alterações de humor, comportamento ou linguagem;
- Desorientação em lugares conhecidos.
Exames como ressonância magnética e tomografia, aliados ao suporte multidisciplinar que envolve médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e nutricionistas são fundamentais para ampliar o bem-estar do paciente e da família.
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