Ciência e Tecnologia • 15:55h • 30 de abril de 2025
Fim do suporte ao Windows 10: o que as empresas precisam saber sobre os riscos e alternativas
Com o fim das atualizações de segurança, empresas devem se preparar para a migração ao Windows 11 e adotar estratégias para evitar riscos e custos elevados
Da Redação | Com informações da Assessoria Intelligenzia | Foto: Divulgação

O fim do suporte ao Windows 10 se aproxima rapidamente, com a Microsoft encerrando as atualizações e o suporte oficial a partir de 14 de outubro de 2025. Para muitas empresas, a perspectiva de continuar utilizando o sistema operacional após essa data pode resultar em sérios riscos de segurança, problemas de conformidade e custos operacionais elevados. Embora a transição para o Windows 11 possa parecer um desafio financeiro imediato, especialistas destacam que postergar essa mudança pode se tornar ainda mais caro no longo prazo.
O Windows 10, que serviu como a espinha dorsal para muitas operações empresariais desde seu lançamento, não estará mais protegido contra novas ameaças após o fim do suporte. Sem atualizações regulares de segurança, qualquer nova vulnerabilidade descobertas será deixada sem correção, o que pode resultar em ataques cibernéticos, roubo de dados e outros incidentes graves. Para os setores regulados, como o financeiro, saúde e varejo, a permanência em sistemas sem suporte pode levar a multas severas, além de afetar a confiança de clientes e investidores.
A evolução das ameaças cibernéticas e o aumento do risco
O aumento das ciberameaças nos últimos anos, aliado ao cenário de transformação digital acelerada, torna o fim do suporte ao Windows 10 ainda mais preocupante. Segundo a pesquisa do Fórum Econômico Mundial, 40% das empresas já reconhecem a vulnerabilidade de sistemas obsoletos. Com o fim do suporte ao sistema operacional, a falta de atualizações de segurança será um convite para os cibercriminosos, que aproveitarão as brechas para lançar ataques, como ransomware e sequestros de dados.
Além disso, o impacto vai além das questões de segurança. A continuidade do uso de sistemas obsoletos pode afetar a competitividade das empresas no mercado, especialmente à medida que novas tecnologias, como o Windows 11, oferecem funcionalidades mais robustas e segurança aprimorada. Continuar com o Windows 10 também pode resultar em ineficiências operacionais e fragmentação dos processos internos.
Como as empresas podem se preparar para a transição
Apesar dos desafios, especialistas sugerem que as empresas comecem o planejamento de migração o quanto antes. Existem várias abordagens para facilitar essa transição, dependendo da condição dos dispositivos e da estratégia de TI da organização.
Upgrade para Windows 11: Para máquinas mais recentes, o upgrade direto para o Windows 11 pode ser a melhor opção. As empresas devem começar verificando a compatibilidade dos dispositivos, realizando backups e testando os aplicativos essenciais para garantir que o novo sistema seja uma transição suave.
Renovação do parque de hardware: Para máquinas que não atendem aos requisitos mínimos de hardware, a substituição do parque de dispositivos pode ser a solução mais eficaz. Embora isso gere custos imediatos, o investimento garantirá uma plataforma mais robusta, preparada para as exigências de segurança e performance dos próximos anos.
Adoção de soluções em nuvem (DaaS): Empresas podem considerar a adoção de Desktop como Serviço (DaaS), utilizando desktops virtuais em nuvem. Essa abordagem permite que os usuários acessem o Windows 11 a partir de dispositivos mais antigos, desde que haja uma boa conexão com a internet.
Consultoria especializada: Contar com uma consultoria especializada em migrações de sistemas pode acelerar o processo, além de garantir que todos os requisitos de segurança, compatibilidade e performance sejam atendidos.
A alternativa: o modelo Opex
Diante do impacto financeiro de substituir um parque de dispositivos, muitas empresas estão optando pelo modelo Opex (Operational Expenditure). Nesse modelo, os custos com o hardware são diluídos ao longo do tempo, por meio de contratos de outsourcing. Esse modelo proporciona mais previsibilidade orçamentária e permite que as empresas se mantenham em conformidade com as exigências do Windows 11, sem o ônus da compra de novos dispositivos.
Além de reduzir custos, o modelo Opex permite uma atualização contínua dos dispositivos, o que ajuda a mitigar o risco de obsolescência no futuro, especialmente com as crescentes mudanças tecnológicas.
Segurança da informação como prioridade
Independentemente da abordagem escolhida, a segurança da informação deve ser a prioridade. Com o fim do suporte ao Windows 10, é essencial que as empresas implementem um plano de governança robusto, alinhado às melhores práticas de segurança, como o modelo Zero Trust, que garante verificações constantes de usuários e dispositivos antes de conceder acesso aos recursos da empresa.
O cenário atual exige que as empresas avaliem suas estratégias de TI com urgência. O fim do suporte ao Windows 10 não pode ser ignorado, já que as consequências de adiar essa migração podem ser muito mais graves do que os custos imediatos da mudança. A transição para o Windows 11 não é apenas uma questão de seguir as normas de segurança, mas uma oportunidade de fortalecer as operações empresariais e a competitividade no mercado.
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