• Chamada pública: produtores rurais de Maracaí podem fornecer alimentos para a merenda escolar
  • Parque de Tradições de Florínea terá interrupção no fornecimento de energia nesta terça-feira
  • Clima romântico: Assis terá mínimas de 7ºC e céu limpo no dia 12 de junho; confira a previsão do tempo
Novidades e destaques Novidades e destaques

Economia • 10:01h • 07 de julho de 2024

Fraudes contábeis nas Americanas superaram os R$ 25 bilhões

Dois ex-diretores chegaram a ter prisão preventiva decretada

Agência Brasil | Foto: Bruno Peres

Ex-diretores da empresa são investigados pela Polícia Federal (PF)
Ex-diretores da empresa são investigados pela Polícia Federal (PF)

Considerado um dos gigantes do varejo brasileiro, com quase um século de história, o Grupo Americanas surpreendeu o país quando, em janeiro do ano passado, anunciou “inconsistências contábeis” de mais de R$ 20 bilhões, até então desconhecida de investidores, fornecedores, credores, trabalhadores e da sociedade brasileira, como um todo.

Uma análise por parte da área contábil da empresa havia identificado operações de financiamentos de compras de cerca de R$ 20 bilhões, que fizeram com que a Americanas ficasse devendo a instituições financeiras. Mas essas dívidas não estavam “adequadamente refletidas na conta fornecedores” nas demonstrações financeiras da companhia.

Logo após o anúncio, o Grupo Americanas entrou com um pedido de recuperação judicial, de forma a se proteger das cobranças de dívidas imediatas e proteger seus negócios e patrimônios.

Mas as surpresas não parariam por aí. Alguns meses depois, a própria empresa lançou uma nova bomba: as inconsistências eram fruto de fraudes. Depois de uma auditoria independente, a Americanas verificou indícios de manipulação de dados contábeis por parte de sua antiga diretoria, que chegavam a R$ 25,3 bilhões.

Segundo a empresa, foram identificados diversos contratos de verbas de propaganda cooperada (VPC), que teriam sido artificialmente criados para melhorar os resultados operacionais da empresa. Isso era lançado na contabilidade como uma forma de reduzir os custos, mas não havia efetiva contratação de fornecedores para o serviço.

VPC são verbas em dinheiro ou em produtos bonificados disponibilizados por grandes fabricantes para incentivar a venda de seus produtos, nas lojas varejistas, por exemplo, a instalação de gôndolas específicas para o item no ponto de venda, a colocação do produto em destaque ou ações promocionais.

O problema é que, no caso da Americanas, bilhões de reais em VPC fictícias foram lançados em seus balanços contábeis, de forma intencional, segundo a própria empresa, por seus ex-dirigentes, que estavam na gestão da empresa pelo menos até o fim de 2022.

Além disso, foram identificadas operações de risco sacado, que consistiam na antecipação de pagamento aos fornecedores, através da contratação de empréstimos junto aos bancos. O problema é que essas operações, que envolvem o pagamento de juros às instituições financeiras, não eram devidamente lançadas na contabilidade da empresa, ocultando bilhões em dívidas.

“Em adição às operações de VPC, e como forma de gerar o caixa necessário para a continuidade das operações das Americanas, a Diretoria anterior da Companhia contratou uma série de financiamentos nos quais a Companhia é devedora perante instituições financeiras, sem as devidas aprovações societárias, todas inadequadamente contabilizadas no balanço patrimonial da Companhia de 30 de setembro de 2022 na conta fornecedores”, informou a empresa, em um comunicado ao mercado em junho do ano passado.

Além disso, a empresa constatou lançamentos redutores na conta de fornecedores provenientes de juros sobre operações financeiras, “que deveriam ter transitado pelo resultado da Companhia ao longo do tempo”.

Ex-diretores da empresa são investigados pela Polícia Federal (PF). Dois deles, que estavam no exterior, chegaram a ter prisão preventiva decretada no fim de junho, mas os mandados foram depois convertidos em medida cautelar de retenção, para impedir que eles saiam do país. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a investigação segue sob sigilo.

Segundo o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara dos Deputados para apurar a situação da empresa, divulgado em setembro de 2023, a dívida da empresa com seus credores, já consideradas as inconsistências contábeis, superava os R$ 42 bilhões.

História

“Nada além de 2 mil réis”. Era assim que a primeira das Lojas Americanas se apresentava aos consumidores da cidade de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, quando abriu suas portas, em 1929. O estabelecimento foi fundado por quatro empresários americanos, que haviam trabalhado em uma loja de produtos five and ten cents (algo no estilo “loja de R$ 1,99”).

Eles se juntaram a um austríaco e a um brasileiro para colocar em prática seus planos. Após mais de uma década de expansão de seus negócios, a Americanas se tornou uma sociedade anônima, com abertura de capital na Bolsa de Valores, ainda na década de 40.

No início dos anos 2000, lançou-se na internet e começou aquisições de empresas como Shoptime, Ingresso.com e Submarino. Atualmente, o Grupo Americanas combina lojas digitais, locais de venda física, franquias, fintech e até varejo de hortifrúti.

Na última terça-feira, a empresa anunciou o fim dos sites de venda Shoptime e Submarino. “A decisão contemplou o alinhamento com a nova estratégia de negócios, que foca em uma operação mais ágil, rentável e eficiente para oferecer uma experiência de compra ainda mais completa”, explicou em comunicado.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Mundo • 12:35h • 09 de junho de 2025

Mais três marcas de azeites clandestinos são proibidas pela Anvisa

Produtos têm origem desconhecida e não devem ser consumidos. Confira as marcas e outras informações

Descrição da imagem

Mundo • 11:48h • 09 de junho de 2025

Censo 2022: evangélicos e sem religião crescem no País; católicos em queda

Novo recorte do Censo 2022 foi divulgado nesta sexta pelo IBGE. Em dez anos, parcela evangélica cresceu em 12 milhões de pessoas

Descrição da imagem

Cidades • 11:14h • 09 de junho de 2025

Cruzália encerra hoje inscrições para curso gratuito sobre uso seguro de agrotóxicos

Capacitação ocorre de 11 a 13 de junho e orienta trabalhadores rurais sobre a aplicação correta e segura de defensivos agrícolas conforme a norma NR 31.7

Descrição da imagem

Educação • 10:36h • 09 de junho de 2025

Enem 2025: inscrições são prorrogadas até 13 de junho. Confira

Inscrições devem ser feitas exclusivamente pela Página do Participante. Com a mudança, outros prazos também foram atualizados. Datas das provas permanecem as mesmas

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 10:09h • 09 de junho de 2025

Festa com segurança: 6 erros elétricos que você não deve cometer no São João

Com a chegada das celebrações juninas, engenheiro da IBRAC destaca cuidados essenciais para evitar acidentes com eletricidade e fogo durante os festejos

Descrição da imagem

Classificados • 09:48h • 09 de junho de 2025

Comece antes do edital: 5 estratégias para se destacar no CNU 2025

Com mais de 3 mil vagas e provas já agendadas, candidatos devem antecipar os estudos com foco em disciplinas estratégicas e rotina equilibrada

Descrição da imagem

Cidades • 09:12h • 09 de junho de 2025

Chamada pública: produtores rurais de Maracaí podem fornecer alimentos para a merenda escolar

Inscrições para agricultores familiares interessados em vender para o PNAE já estão abertas e vão fortalecer a alimentação escolar com produtos locais

Descrição da imagem

Cidades • 08:52h • 09 de junho de 2025

Quatá celebra 80 anos da comarca com programação de missas na Igreja Matriz

Paróquia Santo Antônio realiza celebrações especiais entre os dias 10 e 13 de junho em homenagem ao aniversário da cidade

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?