• Assis e Cândido Mota têm dia de operações com prisão por violência doméstica e queima de drogas
  • Assis entra na reta final da semana da Luta Antimanicomial com ações de conscientização e cultura
Novidades e destaques Novidades e destaques

Mundo • 14:09h • 21 de novembro de 2024

G20: Lula propõe que países ricos adiantem metas do clima em dez anos

Presidente afirma que erradicará desmatamento até 2030

Agência Brasil | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O presidente apontou que iniciativas anteriores contribuíram para evitar um cenário pior, mas que é preciso “fazer mais e melhor”.
O presidente apontou que iniciativas anteriores contribuíram para evitar um cenário pior, mas que é preciso “fazer mais e melhor”.

O presidente Luiz Inácio da Silva defendeu, na última terça-feira (19), que os países desenvolvidos do G20, grupos das principais economias do mundo, adiantem em até dez anos as metas de neutralidades climáticas atualmente previstas para 2050, como forma de combater o aquecimento global e as mudanças climáticas.

“Aos membros desenvolvidos do G20, proponho que antecipem suas metas de neutralidade climática de 2050 para 2040 ou até 2045”, exortou o presidente na abertura da terceira sessão da reunião de líderes do G20, que tratou de desenvolvimento sustentável e transição energética.

Neutralidade climática consiste em um país conseguir compensar toda a emissão de gases poluentes com medidas como sequestro de carbono.

A preocupação com o clima é uma das prioridades da presidência brasileira no G20, que encerra nesta terça-feira o encontro de cúpula de dois dias. Lula reconhece que todos os países devem agir para conter as mudanças climáticas.

“Mesmo que não caminhemos na mesma velocidade, todos podemos dar um passo a mais”.

No entanto, ele aproveitou a presença de chefes de Estado e de governo para cobrar mais responsabilidade dos países mais industrializados, que têm histórico maior de emissões de gases do efeito estufa.

“Nossa bússola continua sendo o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Esse é um imperativo da justiça climática”, disse o presidente, que acrescentou: “sem assumir suas responsabilidades históricas, as nações ricas não terão credibilidade para exigir ambição dos demais”.

Iniciativas passadas

Lula lembrou que nasceram no Rio de Janeiro, durante a Rio 92, as três convenções das Nações Unidas sobre mudança climática, biodiversidade e desertificação. Mas advertiu que, passadas três décadas, o planeta enfrenta o ano mais quente da história, com enchentes, incêndios, secas e furacões cada vez mais intensos e frequentes.

O presidente apontou que iniciativas anteriores contribuíram para evitar um cenário pior, mas que é preciso “fazer mais e melhor”.

“Não há mais tempo a perder”, constatou Lula, contextualizando que acordos como o Protocolo de Quito (1997); a CPO15 (2009) sobre mudança do clima, na Dinamarca; e o Acordo de Paris (2015) apresentam resultados aquém do necessário.

Ele destacou que os países do G20 respondem por 80% das emissões de gases do efeito estufa e que, por reconhecer o papel crucial do G20, a presidência brasileira lançou a Força-Tarefa para a Mobilização Global contra a Mudança do Clima, reunindo ministros de Finanças, Meio Ambiente e Clima, Relações Exteriores e presidentes de Bancos Centrais para discutir como enfrentar o desafio climático.

O mandatário brasileiro reforçou que, ao lado da Organização das Nações Unidas (ONU), pede o engajamento do G20 para elevar o nível de ambição da próxima rodada de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês).

“É fundamental que as novas NDCs estejam alinhadas à meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC [grau Celcius]”, disse. “Aos países em desenvolvimento, faço um chamado para que suas NDCs cubram toda a economia e todos os gases de efeito estufa”.

Ao afirmar que é essencial que os países adotem metas absolutas de redução de emissões, Lula lembrou que na 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, capital do Azerbaijão, o Brasil apresentou nova NDC, que abrange todos os gases de efeito estufa e setores econômicos.

Fim do desmatamento

Ele ressaltou também que o Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 90% de eletricidade proveniente de fontes renováveis.

“Somos campeões em biocombustíveis, avançamos na geração eólica e solar e em hidrogênio verde”, acrescentou.

O presidente afirmou que a maior parte da redução das emissões brasileiras resultará da queda no desmatamento, “que diminuiu 45% nos últimos dois anos".

“Não transigiremos com os ilícitos ambientais. O desmatamento será erradicado até 2030”, garantiu.

O presidente pediu que o mundo reconheça o papel desempenhado pelas florestas e que valorize a contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais. Nesse caminho, o presidente agradeceu a colaboração do G20 no desenho do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que vai remunerar países em desenvolvimento que mantêm florestas em pé.

Mas afirmou que iniciativas de conservação serão inócuas se a comunidade internacional não se unir para fazer a sua parte.

“Mesmo que não derrubemos mais nenhuma árvore, a Amazônia continuará ameaçada se o resto do mundo não cumprir a missão de conter o aquecimento global”, disse ele, que chamou atenção também para a importância de se conservar os oceanos.

O presidente fez questão de criticar o negacionismo e a desinformação e disse que o Brasil trabalha com a ONU e com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em uma Iniciativa Global pela Integridade das Informações sobre a Mudança do Clima.

Com críticas a termos não cumpridos do Acordo de Paris, Lula reforçou a bandeira brasileira de que é necessário um financiamento internacional para que países ricos ajudem os demais na reversão do aquecimento global.

"Não há ambição que se sustente sem meios de implementação. Em Paris, falávamos em uma centena de bilhões de dólares por ano, que o mundo desenvolvido não cumpriu. Hoje, falamos em trilhões. Esses trilhões existem, mas estão sendo desperdiçados em armamentos, enquanto o planeta agoniza”.

Lula lembrou que a COP29, que segue até o próximo dia 22, deve ser tratada pelos países como um dos caminhos para se chegar a acordos ambiciosos. “Não podemos adiar para Belém a tarefa de Baku”, disse, se referindo à capital paraense, que recebe a COP30 em 2025.

“A COP30 será nossa última chance de evitar uma ruptura irreversível no sistema climático. Conto com todos para fazer de Belém a COP da virada”, incitou.

Lula convidou ainda a comunidade internacional a considerar a criação de um Conselho de Mudança do Clima na ONU, que articule diferentes atores, processos e mecanismos que, segundo ele, hoje se encontram fragmentados.”

“A esperança renasce a cada compromisso e ato de coragem em defesa da vida e da preservação das condições em que ela nos foi dada”, finalizou.

G20

O G20 é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e da União Africana.

Os integrantes do grupo representam cerca de 85% da economia mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do planeta. 

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Policial • 21:46h • 19 de maio de 2025

Assis e Cândido Mota têm dia de operações com prisão por violência doméstica e queima de drogas

Drogas foram destruídas com autorização judicial após apreensão na Raposo Tavares; já em Cândido Mota, polícia atuou rapidamente após mulher relatar ameaças do ex-namorado

Descrição da imagem

Educação • 17:39h • 19 de maio de 2025

Centro Paula Souza é premiado por incentivo à empregabilidade juvenil

Instituição recebe reconhecimento do CIEE pelo trabalho das Etecs na formação técnica de qualidade e inclusão produtiva de jovens no mercado de trabalho

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 17:02h • 19 de maio de 2025

Assis entra na reta final da semana da Luta Antimanicomial com ações de conscientização e cultura

Programação segue até 23 de maio com marcha, oficinas, apresentações musicais e rodas de conversa sobre saúde mental e cuidado em liberdade

Descrição da imagem

Saúde • 16:49h • 19 de maio de 2025

Um em cada quatro brasileiros já usou cannabis, revela nova pesquisa

Pesquisa mostra que 1 em cada 4 brasileiros já usou maconha, enquanto maioria defende abordagem de saúde pública e regulamentação com controle

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 16:07h • 19 de maio de 2025

‘Operação Transplante’ revela bastidores e desafios da doação de órgãos no Brasil

Série documental expõe números inéditos e histórias reais em um sistema que salva vidas, mas ainda enfrenta resistência de familiares e barreiras logísticas

Descrição da imagem

Economia • 15:53h • 19 de maio de 2025

Declaração do IR 2025 deve ser entregue até 30 de maio

Mais de 25 milhões de declarações já foram entregues; expectativa é receber 46,2 milhões até o fim do prazo

Descrição da imagem

Economia • 15:05h • 19 de maio de 2025

Bitcoin supera Amazon em valor de mercado e se consolida entre gigantes globais

Com US$2,05 trilhões, criptomoeda atinge novo recorde, impulsionada por cenário macroeconômico favorável e interesse de grandes investidores

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 14:46h • 19 de maio de 2025

Luta contra a LGBTQIA+fobia começa por inclusão no mercado de trabalho

No Dia Internacional de Combate à LGBTQIA+fobia, que foi celebrado em 17 de maio, CUT destaca avanços, desafios e o papel de políticas públicas e empregadores

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?