Responsabilidade Social • 12:12h • 12 de janeiro de 2025
Geração de energia offshore ganha regulamentação com vetos importantes
Novo marco legal para energia offshore estabelece diretrizes e prevê investimentos em inovação, mas exclui incentivos para termelétricas a carvão e gás
Da Redação | Com informações da Agência Brasil | Foto: Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou na última semana a Lei nº 576, de 2021, que regulamenta a exploração de energia elétrica no mar, conhecida como offshore. O novo marco legal estabelece regras claras para a exploração de recursos energéticos em áreas marítimas sob domínio da União, como o mar territorial, a zona econômica exclusiva e a plataforma continental.
O objetivo da nova legislação é proporcionar um ambiente regulatório para o aproveitamento das fontes de energia no mar, promovendo a geração de eletricidade de forma sustentável e inovadora. De acordo com o texto sancionado, a exploração offshore será feita por meio de contratos de autorização ou concessão, com o Poder Executivo determinando as áreas a serem exploradas, chamadas de "prismas", por meio de processos licitatórios ou demandas específicas do setor.
Uma das principais diretrizes da nova lei é o direcionamento das receitas geradas para a União, estados e municípios. As receitas, oriundas de bônus de assinatura, taxas de ocupação e participação proporcional sobre a energia gerada, serão aplicadas prioritariamente em pesquisa, inovação tecnológica e desenvolvimento sustentável. A lei também reforça o compromisso com a redução de emissões de carbono e com o desenvolvimento regional, visando inclusão social e diversidade.
O texto sancionado também determina que a exploração de energia offshore deve garantir o respeito aos povos e comunidades locais, com a obrigação de consulta livre, prévia e informada antes de qualquer ação. Além disso, estabelece exigências rigorosas para o descomissionamento de empreendimentos e a restauração ambiental das áreas afetadas.
Contudo, a sanção não passou sem controvérsias. Durante a tramitação do projeto na Câmara dos Deputados, foi incluído um trecho que previa incentivos à produção de energia a partir de gás natural e carvão mineral, além da prorrogação dos contratos das usinas térmicas a carvão e de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). O presidente vetou esse trecho, considerando-o inadequado para o contexto de uma política energética sustentável, reforçando a estratégia de modernização da matriz energética do país.
O projeto sancionado coloca o Brasil em um novo patamar para a exploração de energia renovável, impulsionando a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias, além de proporcionar uma transição para um modelo mais sustentável, com menos impactos ambientais e sociais negativos. Com a inclusão de regras claras, a nova lei busca garantir que a energia gerada no mar seja uma fonte de energia limpa e eficiente, alinhada com as políticas climáticas do país.
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