Responsabilidade Social • 10:28h • 25 de outubro de 2024
Governo de SP realiza a implosão parcial de ponte que cruza o Rio Tietê para ampliar hidrovia
Estrutura original de concreto será substituída por peça metálica, o que aumentará o vão para as embarcações de 35 para 105 metros, facilitando a navegação
Da Redação com informações da Agência SP | Foto: Semil/Governo de SP

O Governo do Estado de São Paulo realizou, na quarta-feira (23), a implosão parcial da ponte Prefeito Alidino Valter Bonini, que atravessa o Rio Tietê, em Barbosa, região de Araçatuba. A ponte de concreto, localizada no km 262 da Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), será substituída por uma nova estrutura metálica, que aumentará o vão de navegação de 39 para 110 metros.
O projeto, com investimento de R$ 21,8 milhões do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), envolve a construção de uma grande ponte metálica, que eliminará dois pilares da atual estrutura, facilitando o transporte de cargas pela Hidrovia Tietê-Paraná, que passa sob a rodovia.
Segundo Denis Gerage Amorim, subsecretário de Logística e Transportes da Semil, a ampliação do vão da ponte sobre a Hidrovia Tietê-Paraná aumentará a eficiência e a segurança do transporte aquaviário em São Paulo, eliminando restrições físicas na navegação e reduzindo o tempo necessário para a passagem de barcaças.
Atualmente, o transporte na hidrovia é dominado por cargas agrícolas. A nova ponte, construída às margens do rio e montada sobre uma estrutura de concreto, será posteriormente instalada nos pilares de sustentação. A rodovia SP-425 foi interditada em 7 de outubro para permitir a execução da obra, com um bloqueio previsto para durar 60 dias. O DER sinalizou rotas alternativas para os motoristas.
Sergio Codelo, superintendente do DER, destacou que os esforços estão focados em antecipar a liberação da ponte, reconhecendo sua importância para a população local. Ele ressaltou que a obra beneficiará o transporte de cargas pela hidrovia, aliviando o tráfego de veículos pesados nas rodovias, o que aumentará a segurança e reduzirá acidentes.
A operação de implosão foi supervisionada por Raphael do Amaral Campos Junior, diretor de Operações do DER, e seguiu protocolos rigorosos de segurança, com o uso de sismógrafos e varreduras nas extremidades da ponte, além do acionamento de sirenes para alertar a população local.
Ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná
A Semil, através do Departamento Hidroviário (DH), deu início, no primeiro semestre de 2023, às obras de ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná, incluindo o aprofundamento do canal de Nova Avanhandava. O objetivo é estimular o transporte aquaviário e aprimorar a logística do estado. O investimento ultrapassa R$ 300 milhões e visa melhorar a navegação durante a estiagem, reduzindo o risco de interrupções devido à queda no nível da água.
O projeto prevê o aprofundamento do canal em até 3,5 metros ao longo de 16 quilômetros, permitindo a passagem de embarcações de maior porte. O método utilizado será o de derrocamento especial com explosivos, removendo cerca de 552 mil m³ de material rochoso, com conclusão esperada para o primeiro semestre de 2026. As obras abrangem municípios como Araçatuba, Birigui, Brejo Alegre e Santo Antônio do Aracanguá.
Em 2023, a hidrovia movimentou aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de diversas cargas. Com a conclusão das obras entre os reservatórios de Ilha Solteira e Três Irmãos, a capacidade de movimentação poderá triplicar, alcançando 7 milhões de toneladas.
A partir de 1º de novembro, inicia-se o período de defeso e reprodução, que vai até 28 de fevereiro de 2025, durante o qual as detonações subaquáticas serão suspensas para proteger a fauna local.
Vantagens do Transporte Hidroviário
O transporte hidroviário é amplamente reconhecido por sua eficiência econômica, social e ambiental. Comparado aos modais rodoviário e ferroviário, oferece maior eficiência energética, capacidade de concentração de cargas e maior durabilidade das infraestruturas e equipamentos. Além disso, contribui para o combate às mudanças climáticas e ao efeito estufa, com menores custos operacionais, menos acidentes e menor impacto ambiental, tornando-se uma alternativa sustentável e vantajosa para o transporte de cargas.
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