Educação • 14:49h • 26 de setembro de 2025
IA auxilia organização, simulados e revisão para Enem, Etecs e Fatecs
Ferramentas digitais auxiliam candidatos do Vestibulinho das Etecs e do vestibular da Fatec, com inscrições abertas, oferecendo apoio na revisão, na organização de rotina e na simulação de provas
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Moztarda | Foto: Arquivo/Âncora1
A Inteligência Artificial (IA) tem ganhado espaço como recurso de apoio pedagógico em escolas, cursinhos e no estudo individual de jovens que se preparam para exames de alta concorrência. Aplicativos baseados em algoritmos permitem organizar conteúdos, criar resumos direcionados e oferecer simulados adaptativos.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025 já soma 4.811.338 inscrições confirmadas, número recorde que representa aumento de 38% em relação a 2022 e de 11,22% em comparação a 2024. São Paulo lidera com 751.648 inscritos, seguido por Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. Além do Enem, estudantes também se preparam para outros processos seletivos com inscrições abertas, como o Vestibulinho das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) e o vestibular das Faculdades de Tecnologia (Fatec).
Para Rafael Irio, especialista em Inteligência Artificial aplicada à educação e ao futuro do trabalho, a diferença está no uso estratégico da tecnologia. “O estudante que consegue ser mais eficiente e produtivo nos estudos ganha vantagem competitiva. Não basta apenas estudar muito, é preciso estudar melhor. É justamente aí que a IA entra como aliada”, explica.
Ferramentas e aplicativos com IA
Ferramentas como ChatGPT, Gemini, Google NotebookLM e Khan Academy com Khanmigo já oferecem funções que vão da organização de anotações até explicações personalizadas, além de recursos como gamificação, flashcards e quizzes inteligentes. Os simulados adaptativos são um dos grandes diferenciais, pois ajustam a dificuldade das questões conforme o desempenho do estudante, aproximando-se da lógica de um tutor individual.
Na preparação para a redação, a IA funciona como revisora e orientadora, sugerindo ajustes de clareza, coesão e argumentação, além de apoiar brainstorms de ideias para novos temas. “O processo ativo é essencial: o estudante precisa aplicar as correções e reescrever o texto para consolidar o aprendizado crítico”, reforça Irio.
Outro desafio comum é a gestão do tempo. Aplicativos como Notion AI, Trello e Google Calendar integrado ao Gemini criam cronogramas personalizados, distribuindo matérias, programando revisões e sugerindo pausas estratégicas para evitar fadiga. Em grupos de estudo, ferramentas de gravação e transcrição, como Otter.ai e Fireflies.ai, garantem que nenhuma informação se perca.
Estímulos para o cérebro
A neurociência também apoia esse movimento. Técnicas de revisão espaçada e repetição ativa, quando potencializadas por algoritmos, fortalecem a memória de longo prazo e tornam o estudo mais eficiente. No entanto, o especialista alerta para os riscos do uso passivo. “Estudantes que utilizam a IA apenas para copiar respostas comprometem a construção de raciocínio próprio. O uso consciente passa por transformar as respostas em entendimento individual”, aponta.
Com 272 milhões de smartphones ativos no Brasil, segundo a FGVcia, a barreira não está apenas no acesso físico, mas no uso qualificado. As versões gratuitas de ferramentas já oferecem recursos robustos, mas é necessário que os estudantes aprendam a explorar essas soluções de forma crítica e responsável.
Na visão de Irio, a tendência é que o avanço da IA pressione mudanças no formato dos vestibulares e concursos, deslocando o foco da simples memorização para habilidades como pensamento crítico, comunicação e colaboração. “A IA pode organizar informações, mas não substitui o caráter humano do aprendizado. É no encontro entre pessoas que o conhecimento ganha sentido”, conclui.
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